O primeiro britânico Boris Johnson anunciou nesta terça-feira (6), durante a conferência do Partido Conservador, que todas as casas da Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte serão abastecidas com energia eólica offshore, obtida da força do vento que sopra em alto-mar.
Durante o evento, transmitido remotamente devido à pandemia, o primeiro-ministro anunciou: “Sua chaleira, sua máquina de lavar, seu fogão, seu aquecimento, sua tomada elétrica de veículo, todos eles vão buscar sua fonte de forma limpa e sem culpa das brisas que sopram ao redor destas ilhas”.
Para cumprir a ambiciosa meta, o Reino Unido necessitaria uma produção de, pelo meno, 40 GW de energia eólica offshore. O governo já havia prometido uma meta de 30 GW em março de 2019, num Acordo do Setor Eólico Offshore. Quando estava em campanha eleitoral em dezembro passado, Johnson prometeu elevar esse valor para 40 GW, se eleito.
Fonte: Reuters/ReproduçãoFonte: Reuters
Promessas são reais
Após a vitória dos conservadores, o assunto voltou à tona em dezembro de 2019, durante o tradicional “discurso da rainha”, no qual a monarca reiterou a promessa de “tomar medidas para cumprir a meta de ser líder mundial de zero emissões de gases de efeito estufa até 2050”.
No entanto, após os gastos maciços feitos pelo governo britânico durante a pandemia do coronavírus, para dar suporte às indústrias em esquemas de proteção de empregos, muitos julgavam que as promessas sobre energia verde ficariam no campo da retórica.
Com o discurso, Johnson quer provar que as promessas são reais, e já anuncia investimentos de £ 160 milhões (cerca de R$ 1,15 bilhão) em portos e fábricas que irão desenvolver turbinas flutuantes para produção de energia eólica offshore.
O Financial Times avalia que o discurso do primeiro-ministro foi um “teaser” para um conjunto mais amplo de medidas que poderão abranger transporte movido a hidrogênio, tecnologias de captura e armazenamento de carbono, moradias com eficiência enérgica e cidades inteligentes.
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