O século 21 e suas implicações tecnológicas nos colocam a refletir constantemente em maneiras mais sustentáveis de se viver. Uma alternativa a já tradicional energia elétrica, que vem atraindo pessoas das mais variadas classes sociais, é a energia solar. Em linhas gerais, essa maneira de consumo de energia traz alguns benefícios a longo prazo para o planeta, além de ser um pouco mais barata do que os meios comuns.
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), esse sistema funciona como "compensação de energia elétrica", no qual o consumo é compensado pela geração solar, resultando em créditos de energia. Se você pensa em fazer uma migração na sua residência ou empresa, é preciso entender algumas questões fundamentais.
A fatura de energia solar pode apresentar mudanças na subclasse de consumo, medição de energia consumida e injetada, constante de multiplicação, consumo em kWh e taxa mínima, que é o custo de disponibilidade.
Sendo assim, logo abaixo, descubra como entender a fatura de luz com energia solar e quais são as diferenças básicas entre esse sistema sustentável e o sistema tradicional. Confira!
Descubra ainda quais são os principais benefícios ao migrar da energia elétrica para a energia solar. (Getty Images/Reprodução)Fonte: Getty Images
Energia solar: quais as principais diferenças com a energia elétrica?
Antes de mais nada, é preciso frisar que a energia solar pode ser entendida como uma energia renovável e, portanto, mais sustentável a longo prazo em nosso planeta, pois se regeneram.
Isso ocorre porque esse tipo de energia é proveniente de recursos naturais, como o Sol, a água, o vento e a biomassa. Nesse sentido, a energia elétrica tradicional também pode ser considerada, em parte, uma energia renovável, visto que as turbinas são agitadas por meio da força da água — em contraponto às energias não renováveis, como petróleo e gás natural, tendo em vista que utilizam combustíveis fósseis.
Segundo o Balanço Energético Nacional divulgado em 2021, cerca de 84,8% da energia elétrica do Brasil analisada em 2020 veio de fontes renováveis, como usinas hidrelétricas, biomassa, energia eólica e energia solar. E embora apareça nesta lista, a energia solar representou apenas 1,7% das fontes energéticas.
De maneira resumida, a energia solar é normalmente produzida a partir da captação dos raios solares em placas ou painéis fotovoltaicos. Esses elementos são capazes de converter o calor recebido por esses raios durante o dia em energia elétrica. Já os painéis térmicos, que também podem ser instalados em residências, utilizam o calor solar no aquecimento da água.
Há pelo menos dois tipos de painéis para serem utilizados durante a produção de energia solar. (Getty Images/Reprodução)Fonte: Getty Images
Pela internet, é possível comprar esses dois tipos de painéis por preços variáveis a depender da quantidade de Watts de potência desejada. Já a energia elétrica, conforme já citado, é produzida a partir de turbinas que funcionam com a força das águas dos rios. Em Foz do Iguaçu, no estado do Paraná, por exemplo, está a Usina Hidrelétrica de Itaipu, umas das maiores da América Latina e do mundo.
De acordo com dados da Aneel, 90% da energia consumida em território brasileiro é proveniente das hidrelétricas. Apesar disso, há também um forte desenvolvimento de energia eólica em estados como Rio Grande do Norte, Bahia e Ceará.
Energia solar: detalhes da fatura de luz para entender
Ao apresentar a energia solar logo acima, destacamos o entendimento da Aneel sobre a energia solar. Nesse contexto, a palavra “compensação” é imprescindível para entender o consumo de energia solar na sua fatura de luz, principalmente porque haverá a compensação do gasto elétrico por conta dos painéis solares.
Sendo assim, logo que a geradora se conecta à sua rede de distribuição, é criado uma espécie de sistema interno e específico que avalia a quantidade de consumo de energia elétrica compensado pela energia solar. Ou seja, é como se você recebesse um crédito para ser abatido no valor total a ser pago.
Há também o conceito de energia injetada que também pode surgir na fatura de luz após a instalação dos painéis solares. Esse termo tem relação com o sistema fotovoltaico e é importante saber disso para não se surpreender com todos os termos técnicos e desconhecidos que podem surgir.
Como funciona a medição de energia solar?
E há mais diferenças entre a fatura tradicional e a fatura com uso de energia solar. Para começar, a classe e o tipo de fornecimento também são descritos de uma nova forma. Assim, o local de consumo é considerado de Geração Distribuída com tipo de fornecimento Bifásico.
Já a medição apresenta duas linhas, com a segunda delas trazendo a energia injetada, ou seja, a energia que será abatida do consumo total. O consumo em kWh também passa a apresentar duas linhas. Na primeira, o valor que você teria de pagar se não tivesse a energia solar e a segunda o valor de compensação por meio da energia injetada.
Uma novidade nesse tipo de fatura é a taxa mínima, também conhecido como custo de disponibilidade. Levando em consideração que o sistema de energia solar não é suficiente para suprir o consumo de uma determinada unidade, a taxa mínima surge como um complemento que indica a conexão com a energia elétrica tradicional disponibilizada previamente pela rede de distribuição local.
Apesar de parecer, em um primeiro momento, algo muito difícil, é bastante simples entender os detalhes da fatura de luz com energia solar. (Getty Images/Reprodução)Fonte: Getty Images
Sendo assim, mesmo que haja uma compensação forte oriunda da energia injetada pelos painéis solares, ainda assim, sua fatura não será totalmente zerada e haverá um valor mínimo a ser pago.
Para finalizar, a fatura de luz ainda apresentará cobrança adicional de bandeiras e impostos gerais. Dependendo da modalidade tarifária, podem existir diferentes taxas a serem vistas de acordo com o horário de consumo e também por conta dos valores mínimos.
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