Desde o início dos anos 2000, as discussões sobre carros eletrificados e suas vantagens têm ficado cada vez mais em alta no setor automotivo. Já entre os consumidores finais, o que começou com um certo preconceito, agora vem ganhando mais aderência.
Prova disso é que a frota de veículos híbridos e elétricos no país praticamente triplicou de 2020 para 2021. Já se compararmos com 2015, o número é aproximadamente 40 vezes maior, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Atualmente, o Brasil conta com um pouco mais de 126 mil veículos eletrificados.
Grande parte desse sucesso se deve à crescente conscientização das pessoas a respeito da redução de gases poluentes na atmosfera e das mudanças climáticas. Por outro lado, várias pessoas acreditam que os elétricos são tão prejudiciais para o meio ambiente quanto os convencionais. Mas qual opinião está certa? Confira a explicação abaixo!
Segundo estimativas do mercado, a frota de carros elétricos deve crescer nos próximos anos no Brasil.
Carro elétrico polui mais o meio ambiente?
A resposta é: depende. Resumidamente, os motores de carros elétricos obtêm energia por meio de baterias recarregáveis. Ou seja, não utiliza gasolina ou diesel - o que, supostamente, é uma opção mais limpa e sustentável, já que não emitem dióxido de carbono e outros poluentes atmosféricos. Mas, na prática, embora os veículos elétricos não emitam gases poluentes no ar como acontece nos carros convencionais, eles impactam o meio ambiente de outra forma.
Isso porque a produção de baterias é um processo longo e trabalhoso, que depende de metais raros como o lítio, cobalto e níquel. A extração desses recursos pode degradar o solo de regiões consideradas sensíveis, levar a contaminação do ar, destruir habitats, gerar escassez ou poluir a água de uma região.
“À medida que a demanda por metais como lítio aumenta, os impactos da mineração estão afetando cada vez mais as comunidades onde essa extração prejudicial ocorre, comprometendo seu acesso à água”, afirma um relatório Amigos da Terra Internacional, rede internacional de organizações ambientais de 73 países.
Além dos recursos naturais, o processo de recarga dos carros elétricos também podem ser considerados prejudiciais para ao meio ambiente, considerando que os veículos precisam ser carregados com eletricidade gerada por diferentes fontes de energias (nem sempre renováveis).
Um estudo realizado pela Volvo, utilizando um modelo de carro elétrico e o mesmo modelo a combustão, revelou que o elétrico pode poluir até 70% a mais em seu ciclo total de vida se for utilizada energia não limpa (não renovável), para fazer a recarga. Por outro lado, se a energia utilizada for limpa, os elétricos saem na frente, liberando cerca de 32 toneladas a menos de CO² na atmosfera do que um veículo de convencional.
A empresa concluiu que os maiores problemas são a produção, a recarga e o descarte da bateria do carro elétrico, e não propriamente o seu uso no dia a dia.
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