Mesmo tendo sido inventado na década de 1960, o laser ainda retém um certo ar de recurso futurista, sendo utilizado como base de armas poderosas na ficção científica ou em aventuras espaciais do cinema. No mundo real, porém, a tecnologia ainda não chegou a um nível de Star Wars, sendo usada de formam ais comum, como em leitores de mídia ou ponteiros luminosos. No entanto, se depender dos esforços militares dos EUA, esse cenário pode mudar muito em breve, com os soldados podendo ter acesso a armas laser até 2023.
Essa expectativa foi revelada em um comitê por Mary J. Miller, subsecretária de pesquisa e tecnologia do exército, que disse que testes sendo realizados no momento estão determinando o verdadeiro potencial desse tipo de armamento. Isso porque, apesar de outras nações, como a China, já terem chegado a colocar esse tipo de ofensiva em prática, o uso do arsenal se limitou apenas a atrapalhar a visão de oponentes ou danificar sensores de veículos e de outros sistemas eletrônicos.
Durante a década de 1990, as próprias Forças Armadas norte-americanas tentaram investir de forma pesada em um projeto com a tecnologia, tentando fazer canhões que conseguissem disparar feixes de fótons altamente concentrados contra alvos inimigos. O problema foi que logo os engenheiros da aeronáutica do país perceberam que era preciso uma fonte de energia consideravelmente grande para viabilizar disparos realmente efetivos.
Na época, mesmo recorrendo a processos químicos para a alimentação dos raios, os pesquisadores viram que seria preciso um Boeing 747 para carregar a arma e os materiais necessários para o funcionamento dela – nada prático quando comparado aos rifles e canhões tradicionais. O que mudou de lá para cá para que a expectativa para o recurso fosse alterada drasticamente? De forma geral, a “culpada” da retomada desses projetos é a fibra ótica.
Tecnologia que gera tecnologia
Com a evolução desse tipo de condutor, capaz de amplificar em múltiplas vezes a energia emitida por correntes elétricas, tornou-se possível gerar impulsos mais fortes com equipamentos de tamanhos bem mais reduzidos do que anteriormente. Isso deu origem a experimentos como o do Laser Weapon System (LaWS), em 2014, que é um canhão laser montado em um navio de guerra que se provou potente o suficiente para abater drones e danificar lançadores de mísseis posicionados em embarcações distantes.
Esse tipo de iniciativa permitiu que os militares voltassem a considerar a produção de armas compactas com a tecnologia, feita para serem instaladas em veículos de guerra ou carregadas por integrantes do exército. Segundo Miller, devem bastar sete anos para que a tecnologia passe da fase de testes para aplicações práticas do recurso, com o tempo sendo usado para lapidar bem o armamento para que ele corresponda à expectativa criada ao longo dos anos.
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