Cientistas da Universidade Rice, no estado americano do Texas, modificaram com sucesso uma máquina de corte a laser – normalmente utilizada para recortar materiais rígidos, como madeira ou painéis de acrílico – em uma impressora 3D. O resultado disso é um maquinário capaz de imprimir estruturas extremamente delicadas, mas a um custo milhares de dólares mais barato.
Impressoras 3D de escala industrial com as mesmas capacidades são comercializadas hoje por centenas de milhares de dólares, enquanto o projeto desenvolvido pelos pesquisadores texanos custou pouco mais de US$ 2 mil (cerca de R$ 7,8 mil). O resultado alcançado por eles foi publicado no começo do mês na revista científica PLOS One.
De acordo com o trabalho, o foco da pesquisa foi maximizar a utilidade de impressoras 3D ao aumentar o número de materiais com que elas podem trabalhar, ao mesmo tempo que o custo disso precisa ser reduzido. Para isso, eles também resolveram encontrar uma nova forma de produzir material além das atuais agulhas utilizadas na maior parte das impressoras 3D vendidas ao consumidor comum.
Em vez disso, decidiram calibrar o laser para servir como uma espécie de máquina de solda, derretendo e fundindo partículas em pó de determinados materiais, o que inclui até mesmo estruturas orgânicas. No vídeo acima, por exemplo, a máquina está imprimindo uma rede de vasos sanguíneos do fígado de um rato, utilizando como matéria-prima nylon em pó e policaprolactona (PLC), que é um polímero biodegradável que pode ser absorvido pelo organismo.
Ele poderia servir de transporte para células-tronco mesenquimais, que podem se tornar tanto estruturas ósseas quanto cartilagem ou gordura. De acordo com o artigo, os pesquisadores conseguiram demonstrar que essas células são capazes de aderir, sobreviver e se diferenciar a partir de superfícies de PCL, o que amplia o escopo de utilização da impressão 3D também para o estudo de células.
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