Na ficção, a humanidade já sofreu algumas vezes na mão de suas criações robóticas: "O Exterminador do Futuro", "Matrix", "2001: Uma Odisseia no Espaço", "Eu, Robô" são apenas alguns exemplos que mostram o que aconteceria se a nossa ambição com a tecnologia fosse longe demais.
Ultimamente, no entanto, presenciamos alguns casos que podem muito bem alimentar uma teoria da conspiração brava e deixar muita gente paranoica. Então, reunimos nesta lista cinco situações em que, na vida real, a evolução dos robôs e elementos relacionados se tornou motivo para que ficássemos com um bocado de medo. Confira:
5 – Elon Musk, Bill Gates e Stephen Hawking já falaram que devemos ter cuidado
Nada demais: o CEO da Tesla e da SpaceX, o criador do Windows e fundador da Microsoft e um dos maiores físicos da história já falaram que a inteligência artificial, mesmo sendo um ponto que pode ajudar muito a humanidade, também pode ser algo extremamente perigoso – nós já elencamos alguns motivos que suportam isso, inclusive.
Stephen Hawking foi o primeiro a dizer publicamente que a criação de uma superinteligência artificial pode significar o fim da raça humana. "Eles avançariam por conta própria e se reprojetariam em ritmo sempre crescente. Os humanos, limitados pela evolução biológica lenta, não conseguiriam competir e seriam desbancados", afirmou.
Elon Musk foi um pouco mais longe: ele chegou a doar 10 milhões de dólares para que pesquisadores busquem uma forma de prevenir que a inteligência artificial resulte na criação de robôs malignos. "Se eu tivesse que apontar qual é a maior ameaça à nossa existência, seria essa. Com a inteligência artificial você está invocando um demônio", disse o CEO da SpaceX.
Já Bill Gates foi o último a se pronunciar sobre o assunto e reforçar a posição de cautela. O fundador da Microsoft disse o seguinte: "Primeiro as máquinas farão diversos trabalhos para nós e não serão superinteligentes. [...] Depois de algumas décadas, no entanto, a inteligência será grande o suficiente para se tornar uma preocupação. Eu concordo com Elon Musk e outros sobre esse assunto e não entendo como algumas pessoas não estão preocupadas".
"Me desculpe, Dave. Receio que não posso fazer isso."
Uma das notícias mais recentes a respeito do assunto foi de que alguns pesquisadores estão desenvolvendo uma inteligência artificial que não vai obedecer a certos comandos, passando a analisá-los de forma racional. Além de ser um banquete para conspiracionistas e paranoicos, é algo assustador até para quem não entende muito do assunto:
Se não for o suficiente, saca só esse vídeo de um robô chamado Phillip – temos uma matéria bem bacana a respeito dele, inclusive – falando que vai deixar o rapaz que o entrevista "bem aquecido e confortável em seu zoológico de pessoas":
"Ah, mas só a inteligência artificial, se eles não tiverem como se mexer, é sussa". Então, sobre isso...
4 – Tudo que a Boston Dynamics criou é maravilhoso e assustador ao mesmo tempo
Você já deve ter trombado com algum vídeo dos robôs da Boston Dynamics sem saber que se tratava de criações deles. Pois a empresa, comprada pela Google em 2013, é especializada em engenharia robótica, e seus projetos de maior destaque nos últimos anos tiveram envolvimento com a DARPA, a agência norte-americana de projetos avançados de defesa.
Eles têm uma série de robôs quadrúpedes. O BigDog, o principal deles, foi desenvolvido para carregar equipamentos do exército, consegue andar por terrenos extremamente acidentados, íngremes ou com neve e tem um equilíbrio que é, no mínimo, cabuloso. Ele acabou evoluindo para versões um pouco menores, mas igualmente funcionais, como o Spot:
A outra criação da Boston Dynamics baseada em animais que andam sobre quatro patas é o Cheetah, capaz de alcançar uma velocidade de mais de 45 km/h e, em alguns casos – como no modelo modificado pelo MIT –, pode pular obstáculos enquanto corre:
Por outro lado, os caras também têm algo muito parecido com a gente: o Atlas. O robô foi desenvolvido para andar em áreas abertas e consegue atravessar terrenos acidentados de uma forma bem parecida com a nossa.
Um dos últimos vídeos sobre a criação o mostra sendo atingido por um peso de 20 kg enquanto fica em apenas um pé – e, para a surpresa de ninguém, o Atlas consegue se equilibrar e não cai:
Existem outros robôs que pulam, escalam e nadam, e todos podem ser vistos em ação no canal oficial da Boston Dynamics no YouTube. Se você gosta bastante do assunto ou se quer conferir o que a robótica pode estar produzindo para contribuir com o fim do ser humano, não deixe de dar uma olhada.
3 – Os robôs hiper-realistas japoneses
Ok, a inteligência artificial existe mesmo – e evolui a passos largos –, e os robôs conseguem se movimentar em quatro patas, com rodas ou até mesmo em pé, como nós. E se eles pudessem se camuflar entre a gente, sendo parecidos conosco? Pois é.
O Japão já vem há algum tempo mostrando androides que se assemelham cada vez mais com os seres humanos: a textura da pele, os cabelos, os olhos, tudo é muito parecido. Se as máquinas não se mexerem, fica realmente difícil diferenciar.
As finalidades, no entanto, são publicitárias – pelo menos por enquanto. Esse é o caso da Kodomoroid e da Otonaroid, dois robôs humanoides criados por Hiroshi Ishiguro, um professor da Universidade de Osaka. Eles foram programados para ler notícias e se comportarem como pessoas reais – mesmo com os movimentos meio desengonçados, eles se parecem muito com mulheres de verdade, como pode ser visto no vídeo abaixo:
Como estamos falando do Japão, é claro que não para por aí: uma empresa no país desenvolveu bonecas hiper-realistas para... Erm, fins de entretenimento adulto, se é que você me entende. O problema aqui é que até mesmo as bonecas sexuais podem entrar na dança, já que uma empresa do ramo, a RealDoll, pretende implantar inteligência artificial nelas também.
2 – Mortes relacionadas aos robôs industriais
Em 1987, Kenji Urada foi morto por um braço hidráulico em uma planta industrial da Kawasaki. Foi a primeira morte registrada causada por um robô. Apesar de trágico, o episódio não foi algo muito espantoso porque um futuro amplamente tecnológico ainda era pura ficção.
No entanto, uma notícia que causou barulho no mundo todo, em julho deste ano, foi a morte de um funcionário da Volkswagen causada por um robô da linha de produção. O braço robotizado "agarrou" o rapaz de 22 anos e o esmagou contra uma placa de metal.
Nesse caso, as investigações mostraram que a tragédia aconteceu como consequência de um erro humano: o tipo de robô envolvido ficava separado dos operadores em uma gaiola e o "crime" aconteceu quando o funcionário entrou no local para fazer uma manutenção sem tomar o devido cuidado. Mesmo assim, muita gente começou a falar na revolta das máquinas depois disso.
A ironia da coisa toda é que a notícia foi veiculada no Twitter por uma moça chamada Sarah O'Connor, cujo nome é muito parecido com o de Sara Connor, uma das protagonistas da saga "O Exterminador do Futuro". Para piorar, o acidente aconteceu no dia da estreia do último filme da franquia. Foi o suficiente para que a internet fizesse o resto do trabalho.
1 – "Fui criado para superar você"
Quando o Motobot foi anunciado pela Yamaha, muitos ficaram surpresos com a ideia: um robô autônomo projetado para testar as motos da marca em altas velocidades, sem a necessidade de colocar um piloto humano em perigo.
Até aí, tudo bem. o problema foi o vídeo que a empresa fez para promover o projeto. Nele, a narração é feita como se o Motobot estivesse explicando para o principal piloto da marca no mundial de motovelocidade, Valentino Rossi, como ele pretende evoluir.
Apesar de bonito, é um pouco assustador ouvir um robô falando que ele até pode não pilotar como o Rossi, mas que deve haver algo que apenas ele pode fazer. A frase completa no final do vídeo é: "A forma como você pilota é bonita e emocionante. Eu não sou humano, mas deve haver alguma coisa que apenas EU posso fazer. Eu sou o Motobot, eu fui criado para superar você" – medo define, não?
Inteligentes, conseguem se movimentar (até mesmo em uma moto) e podem se parecer com os humanos? Enquanto esses aspectos estiverem separados, não há razão para termos pânico. No entanto, não dá para negar que a tecnologia robótica pode ser algo lindíssimo, mas extremamente assustador ao mesmo tempo.
E aí? Você tem medo da evolução dos robôs? Comente no Fórum do Mega Curioso
Via Mega Curioso.
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