Astrônomos da antiguidade definiram como constelação o agrupamento de estrelas que pode apresentar no céu figuras parecidas com objetos, pessoas ou animais. Dentre as formações mais conhecidas estão as Três Marias, trio de estrelas gigantes e brilhantes localizadas a cerca de 1.500 anos-luz da Terra que formam o chamado cinturão de Orion, parte da constelação de Orion.
Tal conjunto é um importante ponto de referência na identificação de outros corpos celestes na galáxia. A facilidade de sua visualização é resultado de as estrelas serem muito mais massivas do que o nosso Sol, dispostas de forma alinhada e com similar intensidade luminosa. Seus nomes, originários do árabe, são Mintaka, Alnilan e Alnitaka — que significam o cinto, a pérola e a corda presentes na representação do cinturão do famoso caçador grego.
As Três Marias representam o alinhamento de estrelas que forma o chamado cinturão de Orion, parte da constelação de OrionFonte: NASA
O cinturão de Orion e as Três Marias
A origem do nome da constelação varia de acordo com a época em diferentes culturas ao redor do mundo. Na mitologia grega, uma das teorias diz que Orion foi colocado pelos Deuses em uma constelação para que não fosse esquecido. Já para os antigos egípcios, o cinturão de Orion representava o local de descanso da alma de Osíris.
O mesmo vale para as Três Marias. Na tradição da religião cristã, o trio de estrelas diz respeito tanto para as três mulheres que visitaram o túmulo de Cristo na ressureição, quanto faz referência ao conto bíblico sobre os Três Reis Magos, que trouxeram presentes para Jesus após seu nascimento. Na América do Sul, para os guaranis, as Três Marias são Joykexo, símbolo da fertilidade, cuja presença e movimentação nos céus ajudava na orientação geográfica.
Vale destacar que o cinturão de Orion possui outras estrelas, cujos espaços entre elas é dominado por uma região repleta de poeira e gases em colisão. A concentração dessas matérias resulta na formação de nebulosas, sendo a mais forte delas a chamada Nebulosa de Orion — um dos fenômenos mais estudados na astronomia. Análises mais recentes dessa área mostram que ela atua como um “berço” na galáxia, responsável pela formação de estrelas e planetas.
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