Como sempre acontece em todo dia primeiro de abril, a Google lançou uma série de pegadinhas para comemorar o Dia da Mentira. Entre as várias histórias divulgadas, uma das que mais chamou a atenção dos usuários foi sobre uma atualização em seu serviço de mapas que permitiria a visualização de locais em 3D.
Por mais que a imagem tenha recebido um botão que ativava a suposta função e uma nova camada que simulava o efeito tridimensional, tudo não passou de mais uma brincadeira da empresa.
Apesar de a piada ter enganado muita gente, o fato é que visualizar mapas em 3D não é algo tão distante de nossa realidade. Já existem programas, como o próprio Google Earth, que permitem ao usuário ver diversos locais do planeta com uma perspectiva mais próxima do real, além de percorrer vários países sem sair de casa.
Monumentos modelados
Se você sonhou em viajar pelo mundo e conhecer os principais pontos turísticos de cada país, porém nunca teve condições ou oportunidades para isso, saiba que já é possível fazer esse tour sem sair da frente do computador.
O Google Earth foi um dos primeiros programas a utilizar elementos de perspectiva na visualização de seus mapas. Porém, ao invés de utilizar o efeito visto nas salas de cinema, o aplicativo modela monumentos e elementos geográficos de forma que os resultados não sejam apenas imagens aéreas planas, mas que permitam ao usuário passear pelas ruas e perceber as dimensões dos edifícios.
A opção “Camadas 3D”, disponível a partir da versão 5 do programa, faz com que determinados pontos possam ser modelados e criem o efeito de projeção sobre as imagens planificadas. Com isso, lugares como o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, e a Basílica de São Pedro, no Vaticano, passam a ter volume e ser contemplados como se fossem uma espécie de maquete.
Mas a Google não é o único a utilizar-se desse recurso. Sua rival, a Microsoft, lançou uma ferramenta semelhante em seu serviço de mapas, o Bing Maps. Ao ativar a função de visualização 3D e baixar o plugin necessário, o site permite que você veja vários locais e cidades do planeta com o mesmo efeito do programa da Google, com a diferença de poder ser feito diretamente no navegador.
Outro diferencial é o chamado “Bird’s eye” (do inglês, olho de pássaro), um serviço que é o meio termo entre visualização de satélite e a tridimensional. Ele possui uma visão aérea com um ângulo um pouco inclinado, que permite maior percepção de detalhes e proporções, embora ainda sejam fotografias.
Quem pode se beneficiar com isso?
Como a visualização de mapas em 3D é algo bastante prático, as possibilidades de uso desse tipo de tecnologia são variadas. Apesar de essas imagens tridimensionais ainda serem novidade, algumas cidades e empresas já veem nela uma grande alternativa para o setor de turismo.
Um exemplo é a parceria da Prefeitura de Nova York com a Google. A gigante da internet projetou uma espécie de central de informações para a metrópole, em que turistas e moradores visitariam e teriam interação com mesas digitais que exibem o mapa da cidade em busca de locais que desejam ir e conhecer.
A diferença é que a movimentação é totalmente dinâmica e feita a partir de um disco inteligente que funciona como um “avatar” da pessoa. Enquanto o usuário move-o e as ruas são exibidas no formato padrão do Google Maps, outro monitor projeta o local em 3D, da mesma forma que o Google Earth, mas com muito mais qualidade.
Com isso, a pessoa pode fazer uma simulação do trajeto a ser percorrido, já que a tridimensionalidade oferece uma maior percepção de proporções. Quem nunca se deixou ser enganado pelo Google Maps e percebeu na prática que a distância real é muito maior?
Além disso, o turismo 3D também permite que a pessoa saiba o que há pelo caminho. Na visão aérea tradicional, poucas coisas podem ser vistas, mas com o novo recurso é possível saber o que há entre os pontos A e B. Saber quais lojas e serviços estão disponíveis e se aquela região é segura são alguns dos grandes destaques oferecidos pela proposta.
O que esperar do futuro
A parceria entre a Google e a Prefeitura de Nova York é um exemplo do que ainda está por vir com os mapas 3D. Se a tecnologia realmente for viável, a tendência é que mais cidades adotem esse modelo de “Ponto de Informações” e tornem tudo mais dinâmico e interativo.
Outra possibilidade é o “turismo econômico”. Conhecer pontos turísticos desta forma dá uma noção muito maior do que ver apenas por fotos. Por mais que isso não substitua a sensação de conhecer novos lugares, essa “visita” tem outros usos, principalmente nas salas de aula. Se um professor de Geografia, por exemplo, quer exibir a seus alunos as formações rochosas dos Alpes Suíços, basta mostrá-los com esta tecnologia para que a imersão e compreensão do conteúdo sejam maiores.
Outro setor que pode fazer uso dos mapas 3D é o de Urbanismo. Com uma visualização mais detalhada de ruas, dirigentes municipais podem detectar os problemas de cada região e saber o que falta para que seus habitantes tenham uma melhor qualidade de vida.
Porém, todos esses pontos são apenas suposições de possíveis usos que esse recurso pode ter. A tecnologia 3D em mapas é algo real, mas ainda precisa ser melhor explorada.
O que você espera desse recurso? Quais outras utilidades que os mapas tridimensionais podem ter e como isso pode ajudar o usuário? Dê sua opinião nos comentários.
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