Os pesquisadores da Universidade de Michigan chegaram à mais importante descoberta relacionada à pesquisa de laser desde a invenção do diodo semicondutor em 1950. Com isso, eles prometem criar uma nova classe de lasers que usa 250 vezes menos energia do que a atual.
Os diodos semicondutores comuns convertem a eletricidade em luz coerente (formada por ondas da mesma frequência e direção) através do carregamento de um material conhecido como meio de ganho. Como a energia é transferida do sistema para este meio, os elétrons dentro dela a absorvem e passam para um estado superior de carregamento.
Uma vez que o número de elétrons suficiente é carregado, qualquer corrente adicional no meio faz com que eles, em vez de retornarem para o seu estado de carga original, liberem a sua energia extra na forma de luz coerente. O problema é que esse processo requer uma grande quantidade de energia para acionar os elétrons por meio de ganho.
Um novo caminho para os lasers
A descoberta deste novo tipo de laser pela Universidade de Michigan não depende de meios de ganho convencionais. Em vez disso, ela utiliza uma partícula de carga única, conhecida como polariton, que exibe o funcionamento da matéria e da luz.
Ainda, neste caso da descoberta, o feixe ultravioleta é formado por um semicondutor de nitreto de gálio que requer cerca de um milésimo de watt para operar. Em termos de comparação, o laser emitido por um CD player utiliza a mesma quantidade de energia.
Por enquanto, a equipe ainda tem muito mais trabalho a fazer para levar esta nova tecnologia para fora do laboratório, mas os pesquisadores esperam que esses novos lasers possam um dia substituir os conectores de fio nos circuitos que estão cada vez menores e mais leves, resultando em dispositivos de consumos e médicos mais duráveis.
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