Imagine algo milhões de vezes menor que isso. (Fonte da imagem: iStock)
Cientistas da Universade de St. Andrews, na Escócia, apresentaram os resultados de uma pesquisa que criou o objeto com rotação mais rápida da Terra. Uma microscópica esfera feita de carbonato de cálcio registrou um ápice de 600 milhões de rotações por minuto, o famoso RPM que tanto vemos em motores por aí.
O intuito do teste era simples: ver o que aconteceria em tal velocidade e observar os efeitos de objetos compostos por milhões de átomos quando levados até o limite. A pesquisa chega aos limites entre as físicas clássica e quântica e reproduz uma condição que nunca antes havia sido obtida em um laboratório.
E o resultado foi bastante estranho. Após atingir a velocidade de 600 milhões de RPM, a esfera desapareceu e os cientistas ainda não sabem exatamente o que aconteceu com ela. A conclusão preliminar é que o ocorrido a seguir não pôde ser registrado pelos instrumentos de medição à disposição e, daqui pra frente, os pesquisadores pretendem descobrir não apenas isso, mas também a natureza do fenômeno como um todo.
Girando e rodando
A esfera de cálcio usada para o teste tinha comportamento semelhante ao de um giroscópio e tinha diâmetro de quatro milionésimos de metro. Ela era mantida flutuando no vácuo por pequenos pulsos de laser, enquanto a luz a movimentava. Assim, ela mantinha seu eixo e começava a rodar até atingir a velocidade máxima registrada.
Apenas a título de comparação, 600 milhões de RPM é um total cerca de 300 mil vezes superior ao limite de um motor de carro convencional e 500 mil vezes maior que o de uma máquina de lavar comum. É um número absurdo, que realmente não dá para imaginar.
De acordo com o professor Kishan Dholakia, o estudo não apenas deu aos envolvidos a possibilidade de estabelecer um recorde mundial como vai permitir estudos de fricção. Mais especificamente, como esse efeito acontece em elementos extremamente pequenos, obtendo conclusões que podem ser fundamentais para a nanotecnologia e o desenvolvimento de dispositivos microscópicos.
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