Quais são as potências espaciais do século XXI?

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Durante a corrida espacial, os Estados Unidos e a União Soviética eram as duas grandes potências espaciais com tecnologia e conhecimento científico suficientes para enviar seres humanos ao espaço.

Apesar de a União Soviética ter sido pioneira em alguns marcos importantes para a exploração espacial, como o lançamento do primeiro satélite, o envio do primeiro ser vivo e o envio do primeiro ser humano ao espaço, os Estados Unidos venceram ao levar os seres humanos à Lua em 1969. Isso aconteceu na missão Apollo 11, quando os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin pisaram na superfície lunar pela primeira vez.

Essa conquista simbolizou a liderança americana na corrida espacial e foi um importante marco durante a Guerra Fria; apesar disso, não foi o único fator para o desfecho desse conflito silencioso entre as duas superpotências.

Após o fim da corrida espacial, marcado pela chegada da humanidade à Lua em 1969, diversas outras nações começaram a perceber a importância do estudo espacial para alcançar maior soberania nacional. Então, além dos Estados Unidos e da Rússia, quais outros países são considerados potências espaciais do século XXI?

“A exploração espacial hoje está muito longe da corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética na década de 1960. Isso significa que a nova corrida espacial não é entre alguns países, mas entre vários participantes, particularmente as economias de rápido crescimento”, é descrito em uma publicação da enciclopédia Britannica.

Potências espaciais do século XXI

Além dos Estados Unidos e da Rússia, a Europa, o Canadá, a China, a Índia e o Japão também realizam diversas missões espaciais nos últimos anos. Contudo, nem todos esses países estão planejando enviar naves tripuladas para a Lua.

Na primeira corrida espacial, o capitalismo dos EUA buscava rivalizar com o comunismo da União Soviética; desta vez, a motivação está muito mais ligada a oportunidades econômicas.

Apesar de esses serem os países com maior envolvimento em programas espaciais, atualmente mais de 80 nações participam, de alguma forma, de missões envolvendo o ambiente espacial. A maioria dessas nações reconhece que não pode competir com os três protagonistas do futuro da exploração espacial.

Os três maiores potências espaciais do século XXI são:

  • Estados Unidos;
  • China;
  • Rússia.

Se analisarmos especificamente a corrida para o retorno à Lua, o número de nações envolvidas reduz significativamente. Atualmente, os Estados Unidos e a China lideram os esforços para realizar missões tripuladas ao satélite natural, visando estabelecer bases e explorar mais sobre os recursos e oportunidades que a Lua pode oferecer.

Enquanto a NASA prevê seu retorno à Lua com a missão Artemis III em 2027, a China planeja enviar uma nave tripulada até 2030.

Nova corrida espacial

A nova corrida espacial não se limita simplesmente a superar barreiras tecnológicas e chegar ao espaço, como aconteceu durante a Guerra Fria. Hoje, ela envolve a disputa por recursos, territórios e próprio poder geopolítico que envolve tudo que vai além da atmosfera terrestre. 

A última missão tripulada à Lua aconteceu na Apollo 17, em 1972, que marcou o fim do programa Apollo. Fonte: GettyImages.
A última missão tripulada à Lua aconteceu na Apollo 17, em 1972, que marcou o fim do programa Apollo. (Fonte: Getty Images)

Um fator importante para o funcionamento dessa nova dinâmica foi a queda dos custos de lançamento, impulsionada pela reutilização de foguetes e pela miniaturização de satélites. Por exemplo, os CubeSats são pequenos satélites em formato de cubo que pesam aproximadamente 1,3 quilogramas e tem volume de um litro; eles podem ser facilmente lançados no espaço.

A descoberta de metais raros e água na Lua tem sido um fator crucial para o retorno ao satélite natural; a fim de aprofundar os estudos no satélite. 

Além disso, foi identificado que algumas regiões da superfície lunar possuem uma quantidade significativa de hélio-3, um isótopo raro e extremamente escasso na Terra. O hélio-3 é especialmente promissor porque pode ser usado para gerar energia limpa por meio de reações de fusão nuclear.

Como não existem regras claras que definam qual país ou entidade tem direito sobre a Lua, essa nova corrida espacial pode ser decisiva para determinar qual nação ou aliança estabelecerá as "diretrizes" para controlar o acesso às bases lunares — ou até, quem sabe, para regulamentar a mineração de hélio-3.

A busca pelo hélio-3 deve ocorrer em um clima menos tenso do que a corrida espacial entre Estados Unidos e Rússia durante a Guerra Fria. Contudo, as tensões geopolíticas entre atuais ainda podem desempenhar um papel na exploração lunar.

Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de mais assuntos sobre a nova corrida espacial aqui no TecMundo. Aproveite para entender como a Rússia e China estão planejando construir um reator nuclear na Lua. Até mais!

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