Há alguns anos, Plutão já não é considerado um planeta convencional, como a Terra, Marte ou Júpiter. Em 2006, a União Astronômica Internacional (IAU) definiu que são necessárias três características específicas para definir o que é um planeta, e Plutão foi reclassificado como um planeta anão. Contudo, uma equipe de astrônomos pode propor novos critérios; será que Plutão pode voltar a ser um dos principais corpos celestes do Sistema Solar?
Conforme decidido pela IAU, um planeta clássico deve ser grande o suficiente para ter uma forma arredondada, tem que orbitar o Sol e precisa ter 'limpado' toda a sua órbita, eliminando todos os objetos menores na região. Entretanto, Plutão não apresenta a última característica mencionada, já que ele não limpou sua órbita o suficiente. Mas calma. Provavelmente, a mudança não afetará o que já foi decidido.
Em uma reunião com a União Astronômica Internacional, um grupo de astrônomos revelou uma possível nova definição para o que é um planeta do Sistema Solar. Conforme a equipe explica, não seria necessário utilizar a característica que requer que os planetas sejam arredondados, pois a observação desse atributo é muito difícil em exoplanetas distantes.
Os cientistas também publicaram um estudo na revista de pré-impressão arXiv. Eles propõem que a massa seja uma melhor característica para definir o objeto e pode ser medida mais facilmente; além disso, os corpos celestes tendem a ter um formato esférico quando estão acima de 1.023 kg.
Dezoito anos após, a reclassificação do Plutão, astrônomos propõem novas definições para o que é um planeta. Fonte: NASA/W. Stenzel
“Mas o mais problemático, de longe, é o critério de redondeza. A redondeza simplesmente não é observável. Ainda não temos a tecnologia e não a teremos tão cedo. Não importa quantas críticas você possa apresentar à atual definição da UAI, você pode pelo menos estar convencido de que o resultado, os oito planetas, é a classificação razoável”, disse o autor principal e astrônomo da UCLA, Jean-Luc Margot, em mensagem ao site Live Science.
Nova definição para planetas
Para a equipe, o maior problema da atual definição proposta pela IAU é que as informações não são tão claras em suas definições. Eles apontam que a questão da redondeza é um dos maiores problemas, pois não existe tecnologia para observar diversos exoplanetas descobertos a centenas de anos-luz.
A massa também responderia se os objetos podem limpar sua órbita, um atributo conhecido como dominância dinâmica; normalmente, os corpos celestes com uma massa densa podem realizar essa limpeza.
As definições de planetas podem ser atualizadas em breve. Será que Plutão ganhará uma nova classificação?Fonte: Getty Images
Também há um limite mínimo de massa para um planeta conseguir limpar todos os detritos em sua órbita e, infelizmente, Plutão não obedece a essa característica. Ou seja, o eterno nono planeta do sistema solar em nossos corações, continua sendo classificado como um planeta anão mesmo com as novas definições. Em agosto, ocorrerá um debate sobre as propostas na Assembleia Geral da IAU.
“Para generalizar um critério de dominância dinâmica existente, adotamos uma escala de tempo de compensação universal aplicável a todos os corpos centrais (anãs marrons, estrelas e remanescentes estelares). Em seguida, propomos duas estruturas quantitativas e unificadas para definir planetas e exoplanetas. A primeira estrutura está alinhada tanto com a definição de planeta no Sistema Solar da IAU quanto com a definição de trabalho da IAU de exoplaneta”, é descrito no artigo.
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