O TecMundo e o #AstroMiniBR, todas as semanas, fazem uma seleção especial com as curiosidades astronômicas mais interessantes, produzidas pelos colaboradores do perfil no X para compartilhar com você, um pouco sobre o nosso belo e fantástico universo. Confira!
#1: O lado não tão escuro da Lua assim...
Esse vídeo da Lua girandinho nos mostra que nao existe o lado escuro da Lua.
— Ana Carolina Posses (@astroposses) June 6, 2024
Toda ela é em algum momento iluminada pelo Sol.
O que acontece é que vemos sempre a mesma face virada para nós (essa que predomina as manchas cinza escuro).
#AstroMiniBR
(c) NASA // APOD pic.twitter.com/uh9yPihmWY
A Lua sempre mostra o mesmo lado para a Terra devido a um fenômeno chamado rotação síncrona. Isso ocorre porque o tempo que a Lua leva para completar uma rotação em torno de seu próprio eixo é exatamente igual ao tempo que leva para orbitar a Terra, ambos durando cerca de 27,3 dias.
Essa sincronicidade é resultado das forças de maré exercidas pela Terra, que ao longo de milhões de anos desaceleraram a rotação lunar até que ela se sincronizasse com sua órbita. Como resultado, apenas um lado da Lua está perpetuamente voltado para nós, enquanto o outro lado, frequentemente chamado de “lado oculto”, permanece fora de nossa vista direta.
No entanto, o outro lado da Lua não é um lado eternamente escuro. Na verdade, ele recebe a mesma quantidade de luz solar que o lado visível. Como a Lua não tem uma atmosfera significativa para difundir a luz, as áreas iluminadas pela luz solar direta podem ser extremamente brilhantes, enquanto as áreas na sombra são muito escuras.
Durante um ciclo lunar, todas as partes da superfície lunar experimentam aproximadamente 50% de iluminação solar e 50% de escuridão. Isso significa que em qualquer dado momento, aproximadamente 50% da Lua é iluminada pelo Sol, enquanto a outra metade está na sombra, semelhante ao que ocorre na Terra durante o ciclo dia-noite.
#2: De onde vêm os elementos químicos?
?? Quase todos os elementos químicos foram criados por eventos astrofísicos!
— Thiago Flaulhabe (@TFlaulhabe) November 24, 2023
Essa tabela periódica mostra quanto de cada elemento foi criado por cada evento:
O cálcio (dos nossos ossos) foi criado em explosões de estrelas massivas e de anãs brancas, por exemplo. #AstroMiniBR pic.twitter.com/unyl4s7X6y
A imagem que você vê acima é uma Tabela Periódica Cósmica, uma versão ampliada e fascinante da tabela periódica que conhecemos, abrangendo a formação e distribuição dos elementos químicos em todo o universo.
Cada elemento tem uma origem específica e uma história de formação que nos conecta a eventos cósmicos profundos. Por exemplo: o carbono, essencial para a vida, é forjado no interior de estrelas em processo de fusão nuclear, sendo lançado ao espaço quando essas estrelas explodem, enriquecendo o meio interestelar e contribuindo para a formação de novos sistemas solares e, eventualmente, planetas.
A origem dos elementos químicos no universo é um processo fascinante que se inicia com o Big Bang, que produziu os elementos mais leves, hidrogênio e hélio.
À medida que o universo esfriou e se expandiu, as primeiras estrelas se formaram e iniciaram o processo de fusão nuclear em seus núcleos, criando elementos mais pesados como carbono, oxigênio e ferro.
Eventos cataclísmicos como a fusão de estrelas de nêutrons ou a explosão de supernovas também contribuem para a formação dos elementos mais pesados e seu dispersão através do Cosmos.
#3: As estrelas mais comuns no Universo!
apesar de serem estrelas com baixas temperaturas (quando comparadas com as azuis), as estrelas vermelhas são as mais abundantes no Universo ??
— yanna martins franco (@martins_yanna) February 2, 2024
usamos esse princípio de dominância de estrelas vermelhas inclusive para mapear a massa estelar que compõe uma galáxia#AstroMiniBR pic.twitter.com/5S8CY6W3ek
O Universo é vasto e repleto de estrelas, com estimativas sugerindo que existem entre 100 bilhões e um trilhão de estrelas em cada galáxia. Entre essa miríade de estrelas, as mais abundantes são as anãs vermelhas – classificadas como estrelas de tipo espectral M.
Essas estrelas representam cerca de 70 a 80% de todas as estrelas no Universo, destacando-se por sua longevidade e presença discreta. Elas são menores e mais frias do que estrelas como o nosso Sol, com temperaturas superficiais variando entre 2.500 e 4.000 graus Celsius.
Além disso, dentre suas principais características físicas das estão também sua baixa luminosidade e baixa massa, geralmente entre 0,08 e 0,6 vezes a massa do Sol.
Devido a essas propriedades, elas consomem seu combustível nuclear de forma muito mais lenta, resultando em vidas extremamente longas, que podem chegar a trilhões de anos, comparados aos aproximadamente 10 bilhões de anos do Sol.
Essas estrelas, apesar de difíceis de serem observadas a olho nu devido à sua fraca luminosidade, desempenham um papel crucial na galáxia, tornando-as potenciais anfitriãs para planetas habitáveis.
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