Vulcano é uma ilusão? Estudo diz que ‘planeta de Star Trek’ não existe
O suposto planeta Vulcano, da saga Star Trek, não existe e suas evidências são apenas parte de uma ilusão estelar. Entenda as comprovações!

Fonte: NASA /JPL / Caltech
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Na franquia de ficção científica Star Trek (1966), o clássico personagem Spock é um extraterrestre do planeta Vulcano, um objeto celeste que muitos cientistas pensavam ser real. Em um novo estudo publicado na revista científica The Astronomical Journal, um grupo de pesquisadores afirma que o suposto planeta Vulcano, observado por alguns cientistas, é apenas uma ilusão astronômica.
A astrônoma estadunidense Abigail Burrows, associada à Universidade de Dartmouth e ex-contratada do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, afirma que nunca existiu um suposto planeta Vulcano.
Alguns cientistas começaram a suspeitar da existência de um planeta orbitando a estrela 40 Eridani A (HD 26965), localizada a aproximadamente 16,26 anos-luz de distância da Terra, após perceberem alguns distúrbios gravitacionais na estrela.
Após os distúrbios em 40 Eridani A serem detectados em 2018, alguns cientistas levaram mais a sério a existência do planeta na região. Mas o fato é que o planeta do Sr. Spock não existe na vida real. A partir de instrumentos científicos da NASA, o grupo afirma que conseguiu provar que Vulcano realmente é apenas um planeta fictício e nunca orbitou a estrela HD 26965.
“Investigando a atividade no nível linha por linha, encontramos uma correlação dependente da profundidade entre os RVs (velocidade radial) de linha individuais e os RVs em massa, mais um indicativo da supressão periódica do blueshift convectivo causando a variabilidade de RV observada, em vez de um planeta em órbita”, os pesquisadores descrevem na introdução do estudo.
Alarme falso: o susposto planeta Vulcano não existe
De acordo com Burrows, a responsabilidade dessa confusão é a atividade estelar do objeto HD 26965 — foi esse fenômeno que fez parecer que houvesse um planeta na órbita da estrela.
Possivelmente, o sinal que esse "falso planeta" emite está relacionado a alguma atividade na superfície da estrela, como um tipo de convecção térmica. Essas reações podem acabar confundindo o resultado se os cientistas não estiverem coletando as informações corretas.
Comumente, os cientistas utilizam dois tipos de métodos para identificar planetas orbitando estrelas fora do Sistema Solar, chamados de "método de trânsito" e "velocidade radial". No artigo, os cientistas utilizaram a velocidade radial para entender as mudanças e oscilações mais sutis da estrela. Assim, perceberam que as perturbações se tratavam apenas de atividade estelar.
“Concluímos que a evidência combinada das correlações de atividade e dependência de profundidade é consistente com uma assinatura de RV dominada por um sinal de atividade modulado rotacionalmente em um período de 42 dias. Nossa hipótese é que esta assinatura de atividade se deva a uma combinação de manchas e supressão convectiva do blueshift. As ferramentas aplicadas na nossa análise são amplamente aplicáveis a outras estrelas e podem ajudar a traçar um quadro mais abrangente das manifestações da atividade estelar em futuros levantamentos Doppler RV”, o estudo conclui.
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Especialista em Redator
Lucas Guimarães escreve sobre ciência e tecnologia há mais de dez anos.