A taxa de expansão do Universo e mais imagens fantásticas na NASA em março

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Imagem: ESA/ Hubble / NASA / A. Sarajedini / F. Niederhofer

O ano começou há poucos meses, mas a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA) já apresentou diversas imagens incríveis coletadas por seus diferentes instrumentos espaciais. Neste mês de março, as novas fotografias foram produzidas e divulgadas em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadense (CSA).

Nessa lista, reunimos algumas das observações espaciais que mais impressionaram os cientistas e entusiastas da astronomia. Por exemplo, uma delas apresenta dados que confirmam a taxa de expansão do Universo; enquanto outra mostra uma grande região de formação estelar.

Webb e Hubble confirmam a taxa de expansão do Universo

Apesar de os pesquisadores concordarem com os cálculos da taxa de expansão do Universo, também conhecida como Constante de Hubble, eles sabem que a discrepância da Tensão de Hubble é um problema real. Recentemente, o Telescópio Espacial James Webb (JWST) foi utilizado para confirmar a taxa de expansão e dissipar as dúvidas que os cientistas tinham sobre as medições do Hubble.

Como a região fotografada apresenta estrelas variáveis Cefeidas, os cientistas puderam utilizar os dados coletados para calcular a taxa de expansão do universo.

A imagem apresenta a galáxia NGC 5468, localizada a aproximadamente 130 milhões de anos-luz de distância da Terra; a imagem foi fotografada utilizado dados do JWST e Hubble.A imagem apresenta a galáxia NGC 5468, localizada a aproximadamente 130 milhões de anos-luz de distância da Terra; a imagem foi fotografada utilizado dados do JWST e Hubble.Fonte:  NASA / ESA / CSA / STScI / A. Riess 

“Esta é a galáxia mais distante na qual o Hubble identificou estrelas variáveis Cefeidas. Essas estrelas são marcadores importantes para medir a taxa de expansão do Universo. A distância calculada a partir das Cefeidas foi correlacionada com uma supernova Tipo Ia na galáxia. As supernovas do tipo Ia são tão brilhantes usadas para medir distâncias cósmicas muito além do alcance das Cefeidas, estendendo as medições da taxa de expansão do Universo mais profundamente no espaço”, a NASA descreve.

NGC 604

Na nova imagem divulgada pelo James Webb, os cientistas focaram seus esforços na captura da região de formação estelar NGC 604, formada por bolhas e filamentos de gás e um tom avermelhado que se estende por toda a fotografia. Há mais de 200 tipos de estrelas quentes, massivas e no início de sua formação; os astrônomos afirmam que é muito raro encontrar uma concentração dessas estruturas no nosso universo.

Como estão relativamente próximas, a observação permite que os cientistas investiguem mais sobre a região de NGC 604. Enquanto o lado direito apresenta a imagem capturada pelo instrumento de infravermelho médio (MIRI), à esquerda, foi utilizado o instrumento de infravermelho próximo (NIRCam).

A região de formação estelar NGC 604 está localizada na Galáxia do Triângulo (M33), a cerca de 2,73 milhões de anos-luz de distância da Terra.A região de formação estelar NGC 604 está localizada na Galáxia do Triângulo (M33), a cerca de 2,73 milhões de anos-luz de distância da Terra.Fonte:  NASA / ESA / CSA / STScI 

“Na imagem MIRI da NGC 604, há visivelmente menos estrelas do que na imagem NIRCam de Webb. Isso ocorre porque as estrelas quentes emitem muito menos luz nesses comprimentos de onda. Algumas das estrelas vistas nesta imagem são supergigantes vermelhas — estrelas frias, mas muito grandes, com centenas de vezes o diâmetro do nosso Sol. As gavinhas azuis do material significam a presença de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, ou PAHs”, explica a publicação oficial da imagem.

NGC 1841

A região estelar NGC 1841 está dentro da Grande Nuvem de Magalhães (LMC), uma galáxia anã que orbita a Via Láctea a aproximadamente 162 mil anos-luz de distância da Terra. Os cientistas explicam que a LMC é a casa de muitos aglomerados globulares, corpos celestes que apresentam características complexas em sua formação.

A NASA descreve que esses aglomerados globulares possuem estrelas tão antigas que podem ser comparadas com fósseis celestes; por isso, os pesquisadores acreditam que a região pode fornecer dados sobre a formação precoce de estrelas.

A maioria das estrelas da imagem são muito pequenas, mas podem ser notadas pela sua aparência azulada mais próxima do centro da imagem.A maioria das estrelas da imagem são muito pequenas, mas podem ser notadas pela sua aparência azulada mais próxima do centro da imagem.Fonte:  ESA/ Hubble / NASA / A. Sarajedini / F. Niederhofer 

“Observações cada vez mais sofisticadas revelaram que as populações estelares e outras características dos aglomerados globulares são variadas e complexas, e não é bem compreendido como estes aglomerados compactados se formam. No entanto, existem certas consistências em todos os aglomerados globulares: são muito estáveis e, portanto, capazes de durar muito tempo e, portanto, podem ser muito antigos”, foi descrito.

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Fontes

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