Segundo cientistas e geólogos, a Terra tem cerca de 4,5 bilhões de anos, sendo o surgimento dos primeiros ancestrais da raça humana, algo relativamente novo na escala evolutiva do planeta. Ao longo de sua jornada pelo sistema solar, o nosso planeta passou por diversos eventos dramáticos, entre o mais conhecido, o que resultou no fim do resinado dos dinossauros.
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Até o momento sabe-se que a Terra passou por cinco grandes extinções em massa e uma publicação recente do perfil SpaceToday na plataforma X, além de reacender o debate sobre o tema, nos leva a refletir o quão próximos estamos de um evento trágico semelhante.
Animação muito legal mostra as 5 grandes extinções em massa que já ocorreram na Terra!!! Quando será a próxima? Será que vamos sobreviver? pic.twitter.com/u7UtaujKO2
— Sacani (Space Today) - AKA Gordão Foguetes (@SpaceToday1) January 7, 2024
Embora alguns estudos apontem que a humanidade esteja no chamado Antropoceno — era geológica na qual a ação humana está descaracterizando o planeta, apresentando assim uma perspectiva não muito favorável para o futuro da humanidade na Terra, olhar para o nosso passado geológico pode nos ajudar a entender como foi o fim de cada era e se realmente estamos no limiar da civilização humana como conhecemos.
As 5 extinções em massa da Terra
1. Ordoviciano-Siluriano, há 440 milhões de anos
As extinções do Siluriano foram causadas por uma glaciação global.Fonte: Wikimedia Commons
A extinção que ocorreu na transição do período Ordoviciano para o Siluriano há cerca de 443 milhões de anos pode ter matado 60% das espécies marinhas do planeta, como trilobitas e moluscos. Uma movimentação dos continentes em direção ao polo sul pode ter causado a intensa glaciação que resultou em um resfriamento global, formação de geleiras e queda nos níveis do mar.
2. Devoniano, há 370-360 milhões de anos
Na passagem do Devoniano para o Carbonífero, 70% das espécies marinhas morreram.Fonte: GettyImages
A transição do período Devoniano para o Carbonífero, ocorrida há cerca de 367 milhões de anos, pode ter extinguido 70% das espécies marinhas existentes. A teoria mais aceita para explicar o extermínio aponta uma combinação de alterações nos níveis do mar, flutuações climáticas e até mesmo uma possível anóxia (falta de oxigênio) nos oceanos.
3. Permiano, há 250 milhões de anos
Após as extinções do Permiano, a vida levou milhões de anos para se restabelecer no planeta.Fonte: Getty Images
Conhecida como a maior extinção já ocorrida na história do planeta, a ocorrida há cerca de 251 milhões, na transição do Permiano para o Triássico, teve como saldo a perda de 96% das espécies marinhas e aproximadamente 70% das espécies terrestres. Os motivos foram uma combinação de vulcanismo em larga escala, alterações climáticas abruptas, anoxia e acidificação dos oceanos, e até mesmo o impacto de um asteroide ou cometa.
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4. Triássico, há 200 milhões de anos
A extinção do Triássico dizimou 20% das espécies terrestres e 76% das marinhas.Fonte: Getty Images
Atividade vulcânica, mudanças climáticas e impacto cósmico de um asteroide (atenção, não é aquele do Cretáceo!) podem também ter sido as causas da extinção ocorrida há cerca de 201 milhões de anos, entre o Triássico e o Jurássico, que eliminou 76% das espécies marinhas e 20% das terrestres.
5. Cretáceo, há 65 milhões de anos
O impacto do grande asteroide foi responsável pela extinção dos dinossauros.Fonte: Getty Images
Embora não tão devastadora quanto a do Permiano, a extinção do Cretáceo-Paleogeno, popularizada como a extinção dos dinossauros, foi um dos eventos mais traumáticos da história da Terra. Ocorreu há 65 milhões de anos, e teve uma série de eventos desencadeada pelo impacto de um grande asteroide ou cometa na região da atual península de Yucatán, no México, que formou a Cratera de Chicxulub.
O Antropoceno
A União Internacional de Ciências Geológicas poderá oficializar o início do Antropoceno.Fonte: GettyImages
Não há nenhuma dúvida de que as atividades humanas atuais tiveram um impacto relevante nos sistemas globais planetários, como alterações climáticas, perda de biodiversidade, poluição e alterações nos estratos rochosos. No entanto, a oficialização do início de uma nova época geológica — o Antropoceno — ainda depende da aprovação, em agosto, da União Internacional de Ciências Geológicas.
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