#AstroMiniBR: um novo olhar sobre a Nebulosa do Anel!

3 min de leitura
Imagem de: #AstroMiniBR: um novo olhar sobre a Nebulosa do Anel!
Imagem: NASA

O TecMundo e o #AstroMiniBR reuniram as três curiosidades astronômicas mais relevantes da semana, produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para compartilhar com você e disseminar o conhecimento da astronomia. Veja a baixo!

#1: A imagem mais detalhada da Nebulosa do Anel da história!

É bem possível que você já tenha visto o objeto celeste acima diversas vezes, mas nunca dessa forma! A Nebulosa do Anel, (catalogada como M57 ou NGC 6720), é uma estrutura fascinante de beleza única.

Situada na constelação de Lira, esta nebulosa planetária está a cerca de 2300 anos-luz da Terra e exibe uma estrutura anelar distintiva, resultado da ejeção de camadas exteriores de uma estrela moribunda semelhante ao Sol.

A imagem acima apresenta o resultado das observações recentes realizadas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) e trazem um olhar inteiramente novo da Nebulosa do Anel. Com sua capacidade de observar no infravermelho próximo, o Webb penetrou as densas nuvens de poeira e gás que envolvem a nebulosa, revelando detalhes intricados de suas estruturas internas.

Essas novas observações permitiram aos cientistas mapear com maior precisão as diferentes camadas de gás ionizado e identificar regiões de alta densidade, fato que vêm contribuindo para um conhecimento mais profundo dos processos físicos e químicos associados. Essa imagem representa mais uma maneira de como o JWST tem expandido nossa percepção do Cosmos e aberto as janelas que só puderam trazer luz aos nossos olhos agora!

#2: Um cometa vem aí!

No dia 12 de agosto deste ano, o astrônomo amador Hideo Nishimura descobriu o cometa C/2023 P1 (Nishimura) quando ele passava a aproximadamente 150 milhões de quilômetros do Sol.

A descoberta, feita usando uma lente especial acoplada a uma câmara fotográfica profissional, mostrou que, embora esteja a menos de 50 graus do Sol desde abril, devido ao seu modesto arco de observação de 15 dias, a trajetória de longo prazo do cometa é pouco restrita.

Os estudos preliminares do cometa indicam que ele orbita o Sol a cada cerca de 520 anos e sua órbita possui um diâmetro de aproximadamente 65 unidades astronômicas (1 UA = 150 milhões de km).

Os astrônomos esperam que, nos primeiros dias de setembro, o cometa se torne brilhante o suficiente para ser observado com binóculos, antes do nascer do sol. No dia 12 de setembro, o cometa passará a 0,84 UA da Terra, mas estará a apenas 15 graus do brilho do Sol. Apenas 5 dias depois, no dia 17, atingirá o seu periélio a 0,22 UA do Sol. Neste dia, o cometa ficará por breves instantes no céu, por cerca de 30 minutos após o pôr-do-Sol, logo acima do horizonte. Com sorte, neste momento será possível observá-lo a olho nu!

#3: Água no Sol!

Em 1995, uma equipe internacional de físicos e astrônomos apresentou os primeiros resultados conclusivos de que que existem traços de água – em forma de vapor – no Sol, confirmando uma descoberta revolucionária para a astronomia.

A equipe usou um método inovador para calcular o espectro da água nas temperaturas das manchas solares, método que se provou útil também para modelagem de sistemas com abundância de moléculas de água extremamente quentes, como incêndios florestais.

Os autores do trabalho registraram evidências da presença de vapor de água em manchas solares escuras e compararam as observações com os espectros obtidos em laboratório. A presença de água nas manchas solares causa uma espécie de “efeito estufa estelar” que afeta a produção de energia nessas regiões e deixa seu vestígio no espectro infravermelho solar, caracterizado por uma série densa de linhas de absorção nítidas.

A descoberta representou um marco para a astronomia solar e auxiliou os astrônomos em uma melhor compreensão dos processos físicos que regem o astro-rei do nosso Sistema Solar.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.