A Microsoft anunciou na última quarta-feira (21) que levará menos de dez anos para concluir o seu próprio supercomputador quântico. A façanha poderá se tornar real depois que os pesquisadores da empresa conseguiram demonstrar a física incomparável necessária para construir os chamados qubits topológicos escaláveis.
Naturalmente, há ainda “muitos marcos intermediários a serem atingidos”, afirmou a vice-presidente de desenvolvimento quântico avançado da Microsoft, Krysta Svore ao TechCrunch. A gigante de Redmond está adotando uma abordagem exclusiva para a computação quântica, usando esses bits quânticos capazes de executar um milhão de operações confiáveis por segundo.
Segundo a executiva, esse novo patamar buscado pela Microsoft segue uma tendência geral das demais empresas, que buscam superar a atual computação quântica de escala intermediária ruidosa (NISQ). O termo foi criado pelo físico John Preskill para descrever o estado da arte da computação quântica, segundo ele, composta ainda de poucos qubits ruidosos e suscetíveis a erros.
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Os progressos da Microsoft rumo ao supercomputador quântico
No Blog Quântico do Microsoft Azure, a empresa diz que "o caminho para a supercomputação quântica não é diferente do caminho para os supercomputadores clássicos de hoje". Nesse sentido, o serviço de computação quântica em nuvem do Azure atingiu um importante marco em março do ano passado, ao anunciar a criação de qubits baseados em Majorana.
Ainda em estágios iniciais de desenvolvimento os férmions de Majorana são partículas exóticas que são também suas próprias antipartículas. Isso quer dizer que elas podem existir nesses dois estados ao mesmo tempo, o que permite serem utilizadas para codificar informações quânticas de uma maneira bem mais robusta.
Na corrida de gigantes, que tem entre seus participantes Google e IBM, o próximo passo é construir qubits protegidos por hardware, tarefa que Svore garante estar mostrando vários progressos. Essas unidades são pequenas (menos de 10 mícrons de lado), mas velozes o bastante para realizar operações em menos de um microssegundo.
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