Um novo estudo revelou que o meteorito de Marte Tissint contém grande diversidade de compostos orgânicos, entregando mais informações sobre a possível origem da vida no Planeta Vermelho.
A descoberta partiu de um trabalho em conjunto da Universidade Técnica de Munique, Helmholtz Munich (Alemanha), com a organização científica Carnegie Science, e foi publicada na revista Science Advances.
O meteorito em questão ganhou o nome da cidade de Marrocos em torno da qual seus fragmentos caíram em 18 de julho de 2011. A amostra da rocha alienígena possui centenas de milhões de anos e foi lançada ao espaço após um evento violento. A análise mostrou a presença de carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio enxofre e magnésio, conjunto de moléculas comumente associado à formação da vida.
O meteorito de Marte, Tissint, contém uma variedade e abundância de compostos orgânicos comumente associados à formação da vidaFonte: Carnegie Science/Reprodução
A equipe destacou que o material raro se encontra livre de contaminantes, pois foi resgatado no local pouco tempo depois de sua queda. Logo, representa um retrato fiel dos compostos minerais presentes em abundância no manto e na crosta marciana, mas que podem ter evoluído ao longo do tempo geológico.
Na pesquisa, os autores explicam que “entender os processos e a sequência de eventos que moldaram essa rica abundância orgânica revelará novos detalhes sobre a habitabilidade de Marte”. Para isso, os cientistas esperam conseguir mais informações a partir do estudo de novas amostras trazidas do nosso planeta vizinho por atuais e futuras missões, como as conduzidas pelo rover Perseverance.
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