Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com as maiores taxas de pacientes com transtornos de ansiedade em todo o mundo. Apesar disso, a população brasileira ainda desconhece muitos aspectos das doenças que afetam a mente e o emocional.
A Síndrome do Pânico é apenas um dos vários males que afetam as pessoas nessas condições. Essa doença é marcada por crises de ansiedade quase inexplicáveis e às vezes bastante intensos. Estima-se que pelo menos 3% dos brasileiros experimentem pelo menos um episódio de Síndrome do Pânico por ano.
Neste artigo, como forma de lembrarmos do Janeiro Branco, vamos explicar melhor o que é essa doença, quais são os seus principais sintomas e as formas de tratamento disponíveis atualmente.
Mesmo que você não seja afetado diretamente pela Síndrome do Pânico, conhecer os aspectos dessa condição pode ajudar você a orientar alguém que sofre com esse mal.
O que é Síndrome do Pânico?
O transtorno é caracterizado por crises de ansiedade intensas e inesperadas.Fonte: Freepik
A Síndrome ou Transtorno do Pânico – também conhecida como Ansiedade Paroxística Episódica – é uma doença que afeta a região do cérebro responsável pelo controle das emoções. A parte específica do órgão afetada é aquela responsável pela liberação da adrenalina, hormônio que prepara o organismo para lidar com situações de perigo.
No caso de pessoas com esse transtorno, o “gatilho” cerebral é disparado sem que exista algum fator de perigo real, provocando as crises pelas quais essa doença é caracterizada. Além da forte sensação de mal-estar e medo intensos, sintomas físicos também podem se manifestar.
Dependendo do lugar, momento ou contexto, a crise de ansiedade pode durar, em média, de 15 a 30 minutos. Há relatos de pessoas que tiveram episódios do transtorno enquanto estavam dormindo, acordando de forma súbita e inesperada.
Quais são os principais sintomas da crise de pânico?
Além dos sintomas psicológicos, a Síndrome do Pânico também pode manifestar algumas características físicas no paciente, tais como:
- Suor excessivo (sudorese);
- Aceleração cardíaca e palpitações;
- Tremores ou estremecimentos;
- Desconforto ou dor no peito;
- Calafrios ou sensação de calor;
- Náuseas e vômitos;
- Tontura, sensação de fraqueza e leve dor de cabeça;
- Falta de ar ou dificuldade para respirar.
Já os principais sintomas psicológicos são:
- Medo extremo e sem motivo aparente;
- Incapacidade de controlar os pensamentos e emoções;
- Sensação ou desejo de morte iminente;
- Vontade de se esconder ou desaparecer.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico sempre é realizado por profissionais qualificados.Fonte: Freepik
É importante deixar claro que somente profissionais especializados são capazes de determinar o diagnóstico correto de episódios de ansiedade. Uma crise isolada ou uma reação intensa de medo diante de ameaças reais podem ou não constituir indícios suficientes para a constatação dessa doença.
O diagnóstico geralmente é realizado através de uma avaliação psicológica, mas também pode acompanhar alguns exames fisiológicos para descartar a possibilidade de outras complicações. Condições como hipertireoidismo, epilepsia, hipoglicemia e até o risco de ataque cardíaco podem compartilhar alguns dos sintomas da Síndrome do Pânico.
Diferença entre ansiedade e Síndrome do Pânico
Muitas pessoas confundem a crise de ansiedade (chamada às vezes de crise de pânico) com o transtorno diagnosticado. A diferença entre as suas condições está relacionada à frequência e intensidade dos episódios, muito mais frequentes e intensos na Síndrome do Pânico diagnosticada.
Mais uma vez destacamos a importância da busca de um profissional especializado para entender qual das condições determinado paciente está enfrentando. Além disso, também é esse profissional que vai indicar o melhor tratamento e formas de prevenir o surgimento de novas crises.
Tratamentos disponíveis
O acompanhamento terapêutico aliado a medicamentos é o tratamento mais comum.Fonte: Freepik
Uma vez que o diagnóstico é confirmado, o tratamento do distúrbio pode ter início e geralmente inclui diversas abordagens.
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É bem comum o tratamento começar com a prescrição de medicamentos antidepressivos e o acompanhamento terapêutico através da psicoterapia. A abordagem cognitivo-comportamental é um dos métodos mais utilizados, especialmente porque defende a exposição gradual, sistemática e progressiva às situações que provocam a crise.
O objetivo é ajudar o paciente na dessensibilização, permitindo que os sintomas sejam controlados ou ao menos diminuídos na hora da crise.
Outras técnicas também podem ser aplicadas, como o Mindfulness que tem se mostrado tão eficaz para tratar a ansiedade quanto o uso de antidepressivos.
E você, já conhecia a Síndrome do Pânico e os principais sintomas dessa doença? Aproveite agora mesmo e compartilhe este conteúdo com pessoas que podem se interessar por esse assunto!
Fontes
