Também conhecida como chuva de estrelas cadentes, as chuvas de meteoros ocorrem todos os anos, quando a órbita da Terra atravessa órbitas de cometas e asteroides.
Mas há risco de ser atingido por um meteoro? O que é preciso para observar a chuva? Quando acontece? Vem que a gente te conta.
O que é uma chuva de meteoros?
A chuva de meteoros é um fenômeno astronômico que ocorre devido ao rastro de poeira e detritos deixados pela passagem de cometas e asteroides, em suas órbitas próximas ao Sol.
Quando esses corpos celestes se aproximam da estrela, ocorre um degelo, que libera partículas que ficam presas em suas órbitas.
A Terra por sua vez, atravessa essas órbitas em alguns momentos do ano. Quando isso ocorre, essas partículas são atraídas para a atmosfera terrestre.
Em queda livre, atraídos pela gravidade da Terra, esses detritos entram em combustão ao entrar em contato com nossa atmosfera.
Imagem feita com uma lente circular em exposição de 30 segundos mostra um meteoro da chuva perseidas riscando o céu na Virgínia Ocidental, Estados Unidos (NASA/Bill Ingalls)
Quando isso ocorre, vemos um rastro luminoso no céu, e que muitas vezes chamamos de estrelas cadentes.
Qual a origem dos nomes das chuvas de meteoros?
As chuvas sazonais recebem o nome das constelações de onde os meteoros parecem ter origem. Sendo assim, temos as chuvas de:
- Quadrântidas: Ocorre em janeiro, com origem na constelação de Bootes. Tem seu ápice próximo do dia 4.
- Líridas: Ocorre no mês de abril, com ápice próximo do dia 22. Tem origem na constelação de Lyra.
-Eta-Aquáridas e Delta-Aquáridas: Com ápices próximos dos dias 05 de maio e 29 de julho, respectivamente, a chuvas têm origem na constelação de Aquário.
- Perseideas: Ocorre no mês de agosto, com ápice próximo do dia 13. Tem origem na constelação de Perseu.
- Orionídeas: em outubro o espetáculo vem da direção de Betelgeuse, na constelação de Órion. O ápice ocorre no dia 22.
- Táuridas: Ocorre entre os dias 3 e 13 de novembro, com origem na constelação de Touro.
- Leónidas: Ainda em novembro, com ápice no dia 18, a chuva está próxima a constelação de Leão.
- Geminídeas: Encerrando o ano temos a chuva de meteoros da direção da constelação de gêmeos, que tem seu ápice próximo do dia 14 de dezembro.
As datas podem variar em alguns dias, e a taxa de meteoros avistados por hora também pode variar.
As chuvas mais fortes, com uma taxa de 90 meteoros por hora, ficam por conta das chuvas de Quadrântidas, Perseidas e Geminídeas. As demais têm uma taxa de 15 a 20 meteoros por hora.
A intensidade depende de quanto material solto ainda resta no espaço. Como são subprodutos de asteroides e cometas, que têm órbitas irregulares e longas, com o passar dos anos, as chuvas diminuem, até que o astro volte e conceda novo material.
Meteoro da Chuva perseidas em imagem feita em 2016 na Virgínia Ocidental, Estados Unidos (NASA/Bill Ingalls)
As chuvas têm como principais fontes o cometa Halley (eta-Aquarídeas e Orionídeas), cometa Thatcher C/1861 G1 (Lirídeas), cometa Swift-Tuttle (Perseidas), entre outros astros.
Há riscos em observar a chuva de meteoros?
Não há riscos em se observar as chuvas. Geralmente as partículas são minúsculas e se degradam ainda na atmosfera.
Os meteoros que atingem o solo terrestre geralmente são detritos errantes, restos lançados no espaço pelo cinturão de asteroides, entre Marte e Júpiter.
Mas ser atingido por um meteoro é mais fácil, estatisticamente, do que ganhar na mega-sena.
O que é preciso para observar a chuva de meteoros?
Não é necessário nenhum equipamento especial para observação do fenômeno. Mas como acontece com todo evento astronômico, é preciso boas condições do tempo e um espaço com boa visibilidade do céu.
Neste caso específico, até mesmo uma Lua cheia pode ser capaz de atrapalhar a observação.
Um espacinho no chão, colchonetes, sacos de dormir, um tapete, câmeras fotográficas e um pouco de paciência. Como algumas chuvas são menos intensas, você pode ter que esperar um pouco até conseguir ver alguns riscos no céu.
Para facilitar a localização da constelação onde a chuva se iniciará, você pode utilizar aplicativos como o Stellarium, otimizando a busca.
Há também sites especializados que mostram os dias e horários do ápice do fenômeno, assim você pode colocar o despertador para acordar apenas no horário do evento.
Se tiver a oportunidade, procure por locais afastados dos espaços urbanos, com baixa luminosidade para a observação, e de preferência não vá sozinho para esses locais.
Tudo pronto para a observação? Então se aconchegue, olhe para o céu e se deleite com o espetáculo!
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