Em breve, o vulcão Shiveluch, localizado no extremo leste da península de Kamchatka, na Rússia, pode entrar em sua primeira erupção mais poderosa dentro de 15 anos — ao todo, os cientistas acreditam que foram cerca de 60 erupções nos últimos dez mil anos. No domingo (20), a equipe de Resposta a Erupções Vulcânicas de Kamchatka (KVERT) alertou que foi observada uma fumaça vulcânica mais densa na região.
Em entrevista à Reuters, o diretor do Instituto de Vulcanologia e Sismologia do Extremo Oriente da Academia Russa de Ciências, Alexei Ozerov, afirmou que a cúpula do vulcão ficou muito quente. A estrutura geológica tem duas partes principais, são elas: o Old Shiveluch, com 3.283 metros de altura; e, logo ao lado, está o Young Shiveluch, com 2.800 metros de altura.
Vista aérea do vulcão Shiveluch, na RússiaFonte: Getty Images
"As emissões de cinzas representam um perigo muito grande para a aviação. Os turistas devem evitar visitar a área do vulcão em um raio de 25 quilômetros”, um representante do instituto disse à Reuters.
Possíveis consequências do vulcão Shiveluch
A área de Kamchatka, onde o Shiveluch está localizado, faz parte de uma região conhecida como "Anel de Fogo" e é a casa de outros 29 vulcões ativos. A maioria dos vulcões não representam alto risco para a população local, contudo, as grandes erupções podem gerar detritos de vidro, rocha e cinzas vulcânicas.
Segundo a KVERT, os acúmulos de lava e fumaça vulcânica sugerem que o Shiveluch entrará em erupção. Por isso, a ameaça foi marcada com o alerta "laranja", pois a erupção pode representar um risco real para os voos internacionais na região.
Os cientistas explicam que, na realidade, o vulcão está em erupção contínua desde agosto de 1999, mas alguns eventos causam explosões mais poderosas. Como ele está próximo do Oceano Pacífico, é mais comum acontecerem terremotos na área e isso pode ocasionar esses grandes eventos explosivos.
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