A poliomielite, popularmente conhecida como “paralisia infantil” voltou a entrar no radar das autoridades de saúde no mundo, depois que um caso da doença foi confirmado, em fevereiro, no Malawi. Embora o Brasil esteja livre da pólio desde 1989, graças a uma bem-sucedida campanha de vacinação, as baixas coberturas vacinais desde 2015 são preocupantes.
Por isso, o Ministério da Saúde deu início na terça-feira (1º) a um novo plano que visa organizar uma espécie de mutirão nacional entre União, estados e municípios com o objetivo de combater a poliomielite. Entre as prioridades do plano, estão o fortalecimento da vigilância epidemiológica no País e uma forte campanha de vacinação.
Lembrando que "o Brasil é considerado uma potência da vacinação no mundo", o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destaca que um dos focos do novo plano nacional de resposta à doença é desenvolver a capacidade nacional e operacional dos estados e municípios no sentido de manter a poliomielite eliminada no Brasil.
Risco da volta da poliomielite é "real nas Américas"
Fonte: Shutterstock/Reprodução.Fonte: Shutterstock
A preocupação do ministro se justifica. Além de um caso suspeito registrado no Pará, o índice de cobertura vacinal no ano passado não chegou nem a 70% das crianças brasileiras, quando a recomendação é que fosse de pelo menos 95%.
De acordo com a representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross, o risco da volta poliomielite “é real nas Américas”.
Chamado oficialmente de Plano Nacional de Resposta a Evento de Detecção de Poliovírus e Surto de Poliomielite, o plano será discutido com os estados nos dias 17 e 18, e promete uma resposta coordenada, diretrizes e cronogramas claros.
Fontes