De acordo com dados do portal de transparência do registro civil, o acidente vascular cerebral volta a figurar como a principal causa de morte no país. De acordo com especialistas, a pandemia contribuiu para o aumento.
No dia mundial do AVC, em 29 de outubro, diversas campanhas de conscientização e prevenção foram realizadas, a fim de esclarecer dúvidas e alertar sobre a onda de casos em crescimento.
Entre janeiro e 13 de outubro deste ano, ao menos 87.518 pessoas vieram a óbito, em decorrência do AVC, superando anos anteriores, como 2020, com 81.913, e 2021, com 84.818.
O AVC volta a ser a principal causa de morte no país.Fonte: Shutterstock
De acordo com Sheila Cristina Ouriques Martins, neurologista e presidente da Rede Brasil AVC, em entrevista à Agência Brasil, esse aumento de casos, pode estar ligado à baixa procura por atendimento médico durante a pandemia.
Além disso, conforme ressalta Martins, as pessoas deixaram que realizar procedimentos preventivos, como uso de medicações e acompanhamento especializado.
Afinal, o que é um AVC e como prevenir?
O AVC é causado por uma obstrução, ou por um rompimento, dos vasos sanguíneos que irrigam nosso cérebro. A falta de circulação de sangue causa morte dos neurônios, causando lesões que podem ser irreversíveis, e potencialmente fatais.
Mas apesar de grave, o acidente vascular pode ser evitado, ou até manejado, quando há acompanhamento de saúde adequado, e atendimento ágil nos primeiros sinais de AVC.
Criado pela Liga de Estudantes de Neurologia da Bahia, o acrônimo SAMU, pode ajudar a verificar os sintomas iniciais como: fraqueza muscular com assimetria e fala desconexa, apontando problemas neurológicos. Caso haja anormalidade, entre em contato com o SAMU (192).
A prevenção, e o atendimento rápido, são as melhores formas de garantir qualidade de vida, e a diminuição de óbitos em decorrência do AVC.
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