menu
Logo TecMundo
Ciência

Taurina pode proteger de efeitos negativos do envelhecimento, diz estudo

O estudo avaliou o efeito da taurina no contexto do envelhecimento para investigar dose ideal e possíveis efeitos colaterais

Avatar do(a) autor(a): Jorge Marin

schedule19/08/2022, às 15:00

Taurina pode proteger de efeitos negativos do envelhecimento, diz estudoFonte:

Imagem de Taurina pode amenizar efeitos do envelhecimento, diz estudo no tecmundo

Uma pesquisa realizada na Universidade de São Paulo (USP) com 24 mulheres entre 55 e 70 anos de idade mostrou que a suplementação alimentar feita com o aminoácido taurina é capaz de prevenir a redução da enzima antioxidante SOD. Essa poderosa substância é capaz de proteger os tecidos e as células contra os radicais livres.

Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Nutrition.

smart_display

Nossos vídeos em destaque

Essas moléculas instáveis são na verdade subprodutos potencialmente tóxicos, resultantes do processamento natural do oxigênio que respiramos e dos alimentos que comemos diariamente para sobreviver. Algumas delas desempenham importantes funções no organismo, mas, se produzidas em excesso, prejudicam o seu funcionamento e favorecem o surgimento de doenças crônicas.

Para combater esse desequilíbrio, conhecido como estresse oxidativo, nosso corpo contra-ataca com um exército de enzimas antioxidantes que buscam manter equilibradas essas espécies reativas de oxigênio. No entanto, com o envelhecimento, esses mecanismos de controle têm a sua eficiência reduzida. 

Fonte: Abud et al./Divulgação.  Abud et al

Fonte: Abud et al./Divulgação.

Como foi feita a pesquisa da USP sobre a taurina?

Na pesquisa da USP, as 24 voluntárias foram divididas em dois grupos, e metade ingeriu, durante 16 semanas consecutivas, três cápsulas diárias com 500 mg de taurina cada (1,5 g por dia). O outro grupo recebeu apenas cápsulas de um placebo feito de amido de milho. Nem pesquisadores nem participantes sabiam a qual grupo cada participante pertencia.

Antes da intervenção e também ao seu final, foram avaliados marcadores de estresse oxidativo presentes em amostras de sangue coletadas. A enzima superóxido dismutase (SOD), por exemplo, registrou um aumento de 20% no grupo que recebeu a taurina, enquanto o grupo-controle, que recebeu só farinha, experimentou uma redução de 3,5% da SOD.

Ao prevenir a diminuição da enzima antioxidante SPD, conclui o estudo, a taurina pode ser considerada como uma estratégia eficaz para o controle do estresse oxidativo durante o processo de envelhecimento. Isso significa prevenir "doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão", afirma a coordenadora do projeto, Ellen de Freitas à Agência Fapesp.

ARTIGO Nutrition - DOI: 10.1016/j.nut.2022.111706.