Um adolescente morreu no dia 30 de julho após contrair raiva, no Distrito Federal. Ele ficou internado por 40 dias e a Secretaria de Saúde do DF não informou como se deu a infecção, mas afirmou que fez o bloqueio do foco e antecipou a campanha de vacinação de animais.
Além do adolescente, outras quatro pessoas já morreram em decorrência da raiva em 2022, todos adolescentes e crianças indígenas de Bertópolis (MG).
A vacinação antirrábica anual de cães e gatos em todo o território nacional é a principal estratégia de combate à doença desde 1973Fonte: Shutterstock
Casos de raiva no Brasil têm sido esporádicos. Segundo dados do Ministério da Saúde, 45 casos foram registrados desde 2010, com apenas duas curas. No Distrito Federal, nenhum caso havia sido contabilizado nos últimos 12 anos.
Como a raiva ataca
Causada pelo vírus da raiva, a doença é uma zoonose que pode acometer diversos mamíferos, principalmente cães, gatos, morcegos, raposas, cachorros-do-mato e saguis.
Ela é transmitida ao homem por meio da saliva de animais infectados — por mordida, arranhão ou lambida. Quase sempre fatal, causa uma inflamação do cérebro (encefalite) progressiva.
Vacinação antirrábica
A vacinação antirrábica anual de cães e gatos em todo o território nacional é a principal estratégia de combate à doença desde 1973. Em 2020, apenas 11 cães receberam diagnóstico positivo.
A meta é manter ao menos 80% da população canina vacinada, embora a cobertura esteja diminuindo, com algumas campanhas de imunização suspensas em decorrência da pandemia de covid-19.
Sempre que houver uma suspeita de caso, todos os cães e gatos em um raio de pelo menos 5 quilômetros do local da ocorrência devem ser vacinados em até 72 horas.
Como se prevenir
Nunca toque em morcegos ou outros animais silvestres, principalmente quando estiverem caídos no chão ou em situações não habituais. Também não se aproxime de cães e gatos sem tutor, nem toque quando estiverem se alimentando, dormindo ou acompanhando suas crias.
E se eu for infectado?
Em caso de acidente com animais, recomenda-se lavar imediatamente o ferimento com água e sabão e buscar atendimento o mais rápido possível. O tratamento é de profilaxia pós-exposição, com aplicação de vacina ou soro. Caso as medidas não sejam adotadas rapidamente, a doença se instala — e a chance de sobrevivência é baixa.
Fontes