O telescópio espacial James Webb, também conhecido pela sigla JWST, tem dado o que falar não apenas entre os amantes da ciência, mas envolvendo o mundo todo, graças à qualidade de suas incríveis imagens do universo. E toda essa beleza está sendo capturada num SSD relativamente pequeno, com apenas 68 GB de capacidade.
É um número bem pequeno quando comparamos com SSDs que já são facilmente encontrados para consumidores comerciais aqui na Terra. O tamanho que pode ser considerado um "mínimo" atualmente é de 120 GB. Mas o importante para o JWST não é a capacidade de seu SSD, mas sim sua qualidade - e principalmente a durabilidade.
Better together. International collaboration gave us the most powerful space telescope ever made, and the deepest infrared views of the universe ever seen. With our partners at @ESA and @CSA_ASC, the science can begin. Together we #UnfoldTheUniverse: https://t.co/oFA1ja4jeP pic.twitter.com/8TXTZEIb6H
— NASA (@NASA) July 12, 2022
O drive de armazenamento equipado no telescópio precisa estar preparado para enfrentar as duras condições do espaço. Isso significa dizer temperaturas próximas do zero absoluta e quantidades terríveis de radiação. Ou seja, trata-se de um componente especialmente customizado para "sobreviver" nesse ambiente.
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E os 68 GB são mais que suficientes para a captura e transmissão diária de imagens. O telescópio James Webb captura 57 GB de dados por dia, e os transfere para a Terra em dois intervalos diários, de 4 horas cada, numa velocidade de transmissão que alcança os 28 Mbps, usando a conexão de 25,9 Ghz Ka-band com a Deep Space Network. O número já é consideravelmente maior que o Hubble, que captura entre 1 e 2 GB de dados ao dia. Ou seja, o SSD foi estrategicamente planejado para um dia de imagens, já que elas não ficam armazenadas no telescópio e são trocadas a cada novo ciclo.
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