Um dos maiores feitos da astronomia mundial, a primeira foto tirada pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) foi divulgada na segunda-feira (11) pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Saudada por conhecedores do assunto e uma multidão de fãs da ciência que estuda os corpos celeste, a imagem mostra um aglomerado de galáxias na constelação de Volans, conhecida como SMACS 0723.
Ao comparar a imagem com outra da mesma região, porém feita pelo antecessor do Webb – o telescópio Hubble –, lançado em 1990 ao espaço, notamos logo diferenças absurdas, tanto em profundidade quanto na precisão. Na terça-feira (12), após a NASA liberar mais três imagens do telescópio espacial, o físico e desenvolvedor John Christensen decidiu criar um site para divulgar as diferenças entre as fotos.
Just added Stephan's Quintet pic.twitter.com/bqC4XwGdM4
— John Christensen (@Johnnyc1423) July 12, 2022
Por que as fotos do Hubble e do James Webb são tão diferentes?
De acordo com o site oficial da NASA, embora o JWST seja o substituto do Hubble, as capacidades de ambos "não são idênticas". E explica: "O Webb se dedica a observar o Universo em luz infravermelha, enquanto o Hubble continuará a estudá-lo principalmente em ondas ultravioleta e ópticas, embora tenha alguma capacidade de infravermelho".
Além dos avanços tecnológicos proporcionados pelas câmeras, diz a NASA, "o Webb também tem um espelho muito maior do que o Hubble". Por isso, é como se o novo telescópio limpasse a poeira cósmica das imagens que, no Hubble, apareciam desbotadas. Não por acaso, o Webb levou só 12 horas para visualizar o quadrante capturado pelo Hubble em semanas.
As quatro imagens históricas do James Webb podem ser comparadas com suas similares feitas pelo Hubble no site WebbCompare no GitHub.
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