De acordo com um estudo realizado pela universidade UTHealth, nos Estados Unidos, pessoas que receberam uma dose da vacina contra o vírus da gripe influenza têm 40% menor risco de desenvolver Alzheimer ao longo de quatro anos. A pesquisa foi realizada entre adultos com 65 anos ou mais.
O estudo será publicado no Journal of Alzheimer's Disease no dia 2 de agosto, mas os pesquisadores já divulgaram uma versão inicial do artigo, detalhando algumas descobertas. Para chegar ao resultado, eles compararam o risco de incidência da doença entre pacientes com e sem vacinação de gripe prévia.
Os pesquisadores conseguiram descobrir que a vacinação contra o vírus da influenza reduz o risco de desenvolver Alzheimer por alguns anos, contudo, a força da proteção é muito maior entre as pessoas que se vacinam anualmente contra a gripe.
Em consultas realizadas quatro anos após a vacinação, apenas 5,1% dos pacientes que tomaram a vacina contra a gripe desenvolveram a doença, contudo, 8,5% dos pacientes não vacinados foram detectados com algum nível de Alzheimer. Ou seja, o resultado ressalta o fator protetor da vacina contra gripe para reduzir as chances de ter a doença.
O estudo também quer entender se existe alguma associação semelhante entre a vacinação contra COVID-19 e o AlzheimerFonte: UTHealth Houston
Vacinação contra gripe e Alzheimer
“Pesquisas futuras devem avaliar se a vacinação contra a gripe também está associada à taxa de progressão dos sintomas em pacientes que já têm demência de Alzheimer”, disse o médico Avram S. Bukhbinder, um ex-aluno da UTHealth e líder da pesquisa.
Os cientistas encontraram uma possível ligação entre a vacina e a doença há dois anos e, recentemente, puderam analisar milhares de amostras. Ao todo, a pesquisa usou dados de 935 mil pacientes vacinados contra a gripe e de outros 935 mil não vacinados.
De qualquer forma, os pesquisadores afirmam que é necessário um estudo mais aprofundado para entender a proteção da vacina da gripe contra o Alzheimer. Só nos Estados Unidos, mais de 6 milhões de pessoas sofrem com a doença e, por aqui, cerca de 1 milhão de brasileiros vivem com a condição.
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