Toda semana, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!
#1: Quanto mais distante um objeto está, menor ele se parece?
Quanto maior a distância em que observamos um objeto, menor ele aparenta ser, certo?
A cosmologia padrão nos mostra que isso é verdade até redshift z≈1.5, quando o universo tinha ~4.3 bilhões de anos. A partir daí, o tamanho angular aumenta com a distância.#AstroMiniBR
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Um dos termos mais comuns ao falar de medidas de distâncias e tamanhos em escalas astronômicas é o tamanho angular. Nunca ouviu falar? Calma, que já te explico: o tamanho angular de um objeto é determinado por dois aspectos fundamentais; 1. o seu tamanho real, e 2. a distância em que ele se encontra do observador.
A experiência cotidiana nos mostra que para um objeto de tamanho fixo, quanto maior a distância que ele estiver de nós, menor será o seu tamanho angular. Já para objetos localizados a uma distância fixa, quanto maior for o tamanho real de um objeto, maior será o seu tamanho angular. Isso é verdade também para os objetos celestes no Universo, mas só até uma determinada distância de 4,3 bilhões de anos-luz. A partir desse ponto, os objetos parecem ficar maiores em tamanho angular e deixam as coisas altamente contraintuitivas.
Na realidade, isso ocorre porque, quando a luz desses objetos foram emitidas em nossa direção, eles estavam muito mais próximas de nós (uma vez que se afastaram devido à expansão do Universo) e, portanto, apareciam realmente maiores no nosso céu.
#2: O nascer de Saturno na Lua
Registro fantástico de Saturno nascendo no horizonte da Lua! ??
Esse vídeo foi feito e processado em 2007 e mostra Saturno reaparecendo no céu após uma ocultação lunar.
Ele está acelerado 2x em relação à observação real!#AstroMiniBR
(c) Jan Koetpic.twitter.com/wugZbcpsSV
O vídeo acima é uma das coisas que unem leigos, amadores e profissionais em um mesmo sentimento: a astronomia é impressionante! Feito pelo astrônomo amador Jan Koet em maio de 2007, o registro apresenta o surgimento de Saturno, o rei dos anéis do Sistema Solar, no horizonte da Lua após o fenômeno de ocultação.
Na astronomia, uma ocultação ocorre quando um objeto se interpõe na frente de um corpo celeste que está ao fundo em relação à linha de observação de alguém (ou algum telescópio).
Em resumo, ocorre quando um objeto passa pela frente de outro objeto. A Lua, por exemplo, por estar muito mais próxima de nós do que qualquer outro objeto do Sistema Solar e do Universo, oculta frequentemente as estrelas, os planetas, os cometas, entre outros, no evento conhecido como ocultação lunar.
O vídeo acima foi editado de modo a enfatizar a exposição do brilho de Saturno em relação ao da superfície da Lua e foi acelerado para ser exibido duas vezes mais rápido do que a observação original.
#3: O movimento das estrelas
As constelações sempre foram e sempre serão assim? Não!
Assim como o Sol, as demais estrelas estão se movimentando dentro da nossa Galáxia. No gif, podemos ver o movimento das estrelas da constelação de Órion desde 50 mil a.C. até ao que veremos em 50 mil d.C.#AstroMiniBR pic.twitter.com/u5RQGW6OOC
Talvez você não saiba – até agora –, mas as estrelas não são fixas no céu: elas estão em constante movimento. Esse movimento porém, não é percebido por nós, nem mesmo ao longo dos nossos anos de vida. De fato, se você observar o movimento diário que as estrelas fazem no céu noturno devido ao movimento de rotação da Terra, você verá um padrão de movimento em arcos que parece nunca mudar. Esse fato fez com que os astrônomos da antiguidade, os primeiros observadores sistemáticos do céu, as julgassem como fixas e, além disso, conectassem mentalmente as estrelas em figuras comuns às suas épocas e culturas, no que hoje chamamos de constelações.
O constante movimento das estrelas é muito pequeno para ser percebido ao longo de poucas dezenas de anos, porém, ao longo de milhares de anos essa mudança não só é perceptível como modificará por completo a configuração das constelações que vemos hoje. Atualmente, telescópios espaciais e terrestres com instrumentos sensíveis conseguem detectar esse movimento estelar, possibilitando aos astrônomos simular a sua dinâmica futura, como no GIF acima, que apresenta como era a constelação de Órion 50 mil anos atrás e como será 50 mil anos no futuro.
#4: Uma colisão de titãs
Um estudo esse ano detectou um par de buracos negros supermassivos espiralando em rota de colisão!
Espera-se que eles colidam em 10.000 anos, o que significa que eles ja completaram 99% da sua coreografia e estão próximo do Gran finale!#AstroMiniBR
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Nada pode ser tão dramático no Universo quanto dois buracos negros gigantes colidindo. E foi justamente isso que um grupo de astrônomos descobriu no início deste ano, segundo uma nota divulgada pela NASA em fevereiro.
Pesquisadores que observavam um buraco negro supermassivo relataram sinais de que ele possui um companheiro próxima. A enorme dupla orbita entre si a cada dois anos e, se os cálculos orbitais estiverem corretos, o par se fundirá em aproximadamente 10.000 anos. Embora isso pareça muito tempo, o intervalo total que leva para um par dessa natureza se fundir é de cerca de 100 milhões de anos, ou seja, estamos observando os 46 minutos do segundo tempo dessa partida cósmica!
#5: Relíquias da corrida espacial
Há 53 anos o módulo lunar da Apollo 10 fez uma descida a cerca de 15km da superfície da Lua, mas sem pousar. Essa missão foi um ensaio para a próxima missão (Apolo 11) que colocou o homem na Lua.
O módulo de comando dessa missão está no Museu de Ciência de Londres#AstroMiniBR pic.twitter.com/Ls1fb7TvjH
A imagem acima mostra o módulo lunar que viajou junto com a tripulação da Apollo 10 para a Lua em maio de 1969. A missão foi considerada um ensaio geral para o primeiro pouso na Lua, que ocorreu em julho daquele mesmo ano. A missão tripulada levou os astronautas John Young, que permaneceu no Módulo de Comando orbitando a Lua, e os astronautas Thomas Stafford e Gene Cernan, que desceram com o módulo lunar para uma órbita de apenas 15,6 km de altitude da superfície lunar. Após testar todos os componentes e procedimentos para o pouso futuro, a Apollo 10 retornou com segurança à Terra.
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