O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) criou, na quinta-feira (19), uma Câmara Técnica Temporária – chamada CâmaraPox MCTI –, instância que promete reunir especialistas para acompanhar os impactos científicos com relação à disseminação do vírus monkeypox, responsável pela doença zoonótica viral conhecida como varíola de macacos.
Erupções cutâneas estão entre as manifestações da varíola de macacosFonte: Shutterstock
De acordo com um comunicado da pasta, a medida “de vigilância científica” se fez necessária face ao crescimento do número de infecções registrado no Reino Unido, Portugal, Espanha e Estados Unidos neste mês. No domingo (22), a Argentina disse ter detectado uma suspeita de caso da doença no país.
Explicando a varíola de macacos
A ideia do comitê de especialistas segue a mesma orientação do MCTI quando formou um grupo em fevereiro de 2020 para investigar o coronavírus, antes mesmo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) noticiasse a pandemia da covid-19. O comitê é composto por sete pesquisadores brasileiros da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Feevale, de Novo Hamburgo (RS).
Registrando que, “até o momento, não há registros de casos de ‘varíola dos macacos’ no Brasil”, os pesquisadores já produziram dois informes técnicos sobre a doença, disponíveis no portal Gov.br. No primeiro, são relatados os casos informados no mundo, junto com uma descrição do vírus, formas de transmissão, sintomas e diagnóstico diferencial com a varicela (catapora).
No Informe Técnico 02/2022, são aprofundadas as explicações sobre os tópicos já apresentados anteriormente, e adicionadas informações sobre tratamento e vacina, formas de reduzir a transmissão de humano para humano, além de uma relação de métodos de sanitização, desinfecção, esterilização e isolamento de pacientes no ambiente hospitalar.
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