Ouça o barulho de um buraco negro em áudio divulgado pela NASA

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Imagem: Nasa

Na última quarta-feira (4), a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA) publicou um áudio com um barulho produzido por um buraco negro. Os cientistas usaram dados astronômicos do buraco negro e softwares de computador para criar sons audíveis pelo ser humano — em outras palavras, eles traduziram dados astronômicos em som.

O buraco negro, localizado no centro do aglomerado de galáxias Perseu, é comumente associado ao som por cientistas. Em 2003, foi descoberto que as ondas de pressão do buraco causavam ondulações que podiam ser traduzidas em uma frequência sonora não captada pelo ouvido humano, cerca de 57 oitavas abaixo do dó central.

Assim, os dados foram ressintetizados para o som alcançar a audição humana, ampliando-o em 57 e 58 oitavas acima do tom real. Segundo a NASA, isso significa que o som está cerca de 144 quatrilhões e 288 quatrilhões de vezes, respectivamente, mais alto que a frequência original.

Sinfonia espacial

Apesar de o som não se propagar no vácuo, um aglomerado de galáxias tem grandes quantidades de gás as envolvendo, possibilitando um meio de propagação das ondas sonoras. Ou seja, é um mito que não há som no espaço — basta encontrar o lugar certo e é possível encontrar as “sinfonias espaciais”.

Os cientistas também criaram o som de um buraco negro encontrado na galáxia elíptica supergigante Messier 87 (M87), que é estudado por pesquisadores há anos. As sonificações foram conduzidas pela cientista Kimberly Arcand, pelo astrofísico Matt Russo e pelo músico Andrew Santaguida, com dados do Observatório de raios-x Chandra.

"A região mais brilhante à esquerda da imagem é onde se encontra o buraco negro e a estrutura no canto superior direito é um jato produzido por ele. A sonificação varre a imagem de três camadas da esquerda para a direita, com cada comprimento de onda mapeado para uma gama diferente de tons audíveis", explicou a NASA em um comunicado.

"As ondas de rádio são mapeadas para os tons mais baixos, os dados ópticos para os tons médios e os raios-x detectados pelo Chandra [telescópio espacial que observa raios-x] para os tons mais altos. A parte mais brilhante da imagem corresponde à parte mais alta da sonificação", diz o texto.

Fontes

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