Na Austrália, físicos conseguiram formar o maior cristal do tempo já feito até o momento. A simulação foi realizada de modo remoto, através da programação do computador quântico da IBM nos Estados Unidos. Os cristais do tempo são uma recente linha de pesquisa da física quântica, sendo um possível novo estado da matéria que é bastante curioso, pois eles variam sua estrutura atômica não somente em relação ao espaço, mas também no tempo.
Os pesquisadores Philipp Frey e Stephan Rachel, da Universidade de Melbourne, conseguiram simular cristais do tempo com tamanho de 57 unidades quânticas! Como comparativo, no ano anterior, pesquisadores do Google conseguiram fazer simulações com o tamanho de até 20 unidades quânticas.
Computação quântica ajudou a criar cristais do tempoFonte: Shutterstock
Frank Wilczek, ganhador do Prêmio Nobel e Físico teórico do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, foi o primeiro a refletir sobre a existência dos cristais do tempo. No entanto, em 2012 sua teoria não foi bem recebida. Mas em 2016, com o uso dos computadores quânticos, foi possível pela primeira vez, observar experimentalmente as teorias de Wilczek, que se mostraram não apenas possíveis, como também testáveis.
A pesquisa com os cristais do tempo traz avanços não somente para o campo da Física, mas também demonstram toda a capacidade da computação quântica, que é uma aliada de extrema importância para que mais estudos e experimentos possam ser realizados, proporcionando ganhos em diversas áreas do conhecimento científico.
Embora a simulação tenha obtido sucesso em formar um cristal tão grande, ainda há muito o que ser feito para que o movimento, que tende a ser perpétuo, se mantenha e seja estável. Tempo é a chave para novos avanços.
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