Após ataques da Rússia contra a Ucrânia na madrugada desta quinta-feira (24), algumas forças Russas se concentraram na zona de exclusão da Usina Nuclear de Chernobyl, no norte do país. A informação foi confirmada em transmissão televisiva pelo primeiro-ministro Denys Shmyhal.
Um vídeo publicado nas redes sociais mostra tanques em ação na região de Chernobyl.
The first video from the captured Chernobyl nuclear power plant. Ukraine's PM Shmyhal has confirmed that the exclusion zone and all the NPP facilities have come under the control of the Russian forces. pic.twitter.com/D1da62UiRV
— Tadeusz Giczan ???? (@TadeuszGiczan) February 24, 2022
A Força de segurança da Rússia diz que o objetivo é controlar o reator como forma de advertir a OTAN para que não interfira militarmente no confronto.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, publicou em seu Twitter que “os soldados estão dando suas vidas para que a tragédia de 1986 não se repita”, lembrando do desastre que casou a explosão do reator quatro após um teste mal sucedido.
Russian occupation forces are trying to seize the #Chornobyl_NPP. Our defenders are giving their lives so that the tragedy of 1986 will not be repeated. Reported this to @SwedishPM. This is a declaration of war against the whole of Europe.
— ????????? ?????????? (@ZelenskyyUa) February 24, 2022
O acidente na década de 1980 espalhou nuvens de radiação por uma extensa área da Europa, obrigando famílias a abandonarem suas casas em um raio de 2,600 km² de onde ocorreu a tragédia. Até hoje, a região mais próxima da usina não é habitada por humanos.
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Mykhailo Podolyak, assessor do gabinete presidencial, diz que esta é a mais séria ameaça a Europa e que é impossível prever se a Usina está segura após o ataque sem sentido da Rússia.
A região guarda depósitos de material radioativo, mas o tamanho do risco que essa ação das tropas russas representa ainda é desconhecido. Autoridades ucranianas, no entanto, apontaram risco de um novo desastre ecológico.
Em comunicado publicado nesta quinta, a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) disse que acompanha a situação em Chernobyl com preocupação e que está em permanente contato com as autoridades nucleares ucranianas.
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