Todo sábado, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!
#1: O pálido ponto azul
O que você vê nesta imagem? ??
"Olhem de novo esse ponto. É aqui, é a nossa casa, somos nós."
- Carl Sagan
Ela foi tirada pela sonda Voyager I em 1990 e acaba de completar 32 anos!
Mostra a nossa Terra, vista a uma distância de 6 bilhões de quilômetros.#AstroMiniBR
(C) NASA pic.twitter.com/sNGgSy8EqX
No dia de São Valentim de 1990, a espaçonave Voyager 1 voltou sua câmera para trás uma última vez para fazer fotografia da nossa casa. A cerca de quatro bilhões de quilômetros de distância, a Terra e todo seu esplendor se apresentam num único ponto. Um pequeníssimo pixel azulado. A imagem acima apresenta a Terra como um minúsculo e pálido ponto azul suspenso em um raio de Sol bem no centro da imagem. Esta fotografia, que foi reprocessada desde a observação original da Voyager, tornou-se uma das mais famosas imagens astronômicas de todos os tempos. O astrônomo e exímio educador científico estadunidense, Carl Sagan, foi aquele que teve a ideia de usar a câmera da Voyager para olhar para casa de uma perspectiva distante. O raio de luz no qual a Terra parece estar suspensa, embora dê a impressão de um toque especial e levemente dramático, são apenas efeitos ópticos dos raios de luz solar espalhados dentro do instrumento da sonda. Um deles, acidentalmente, ocorreu de cruzar com a Terra.
#2: Uma homenagem aos exploradores espaciais caídos
Existe uma escultura na Lua!
O Astronauta Caído é uma escultura de alumínio de 9 cm feita por Paul Hoeydonck. Foi colocada na Lua pela tripulação da Apollo 15 em 1971, em homenagem aos astronautas/cosmonautas que morreram no avanço da exploração espacial.#AstroMiniBR
(c) NASA pic.twitter.com/Auyc3y8agQ
Dentre os diversos objetos deixados na Lua pelos astronautas das missões Apollo entre os anos de 1969 e 1972 encontra-se algo particularmente interessante e especial: uma escultura de alumínio de cerca de 8,9 cm criada pelo pintor e escultor belga, Paul Van Hoeydonck. Chamada de Astronauta Caído, a escultura é uma pequena figura estilizada que representa um astronauta em um traje espacial. A escultura celebra a memória dos astronautas e cosmonautas que morreram no avanço da exploração espacial ao longo das décadas. O Astronauta Caído foi colocado na Lua pela tripulação da Apollo 15 em agosto de 1971 junto a uma placa que lista o nome de 14 homens conhecidos que morreram. Na Lua, a estátua está disposta na horizontal ao lado de várias pegadas na superfície. A tripulação da Apollo 15 só revelou a existência da homenagem após retornarem à Terra, uma vez tendo concluído a missão. Curiosamente, na placa não há distinção de nacionalidades, não há bandeiras nem outros indicativos da nação de onde vieram os astronautas. Sua mensagem simbólica diz apenas: do espaço, nós da Terra somos iguais.
#3: O planeta mais veloz do Sistema Solar
Júpiter é o planeta que gira + rápido no Sistema Solar!
Com uma velocidade rotacional de 12,6 km/s, o planeta leva apenas ~10 horas pra completar uma rotação completa em torno do seu eixo. Por estar girando tão rapidamente, o planeta se achatou um pouco nos polos!#AstroMiniBR pic.twitter.com/t0no53gyJd
Não, não estamos falando de Mercúrio! De fato, Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol e aquele que percorre a menor distância para viajar ao redor do Sol. Isso faz com que ele tenha a maior velocidade orbital e o ano mais curto entre todos os planetas do nosso Sistema Solar, completando um ciclo completo a cada 88 dias terrestres. Porém, esse não é o único parâmetro de velocidade na astronomia! Júpiter, embora seja o maior planeta do sistema, é aquele que detém o título de campeão em velocidade de rotação em torno do próprio eixo! O gigante gasoso gira, em média, uma vez em pouco menos de 10 horas. Considerando suas dimensões, isso é muito, muito rápido! Isso significa também que Júpiter possui os dias mais curtos entre todos os planetas. Contudo, como Júpiter é um planeta gasoso, ele não gira na mesma proporção que uma esfera sólida como a Terra ou Marte. O equador de Júpiter gira um pouco mais rápido que suas regiões polares e isso faz com que a duração do dia seja levemente diferente entre essas regiões.
#4: Esconde-esconde de titãs cósmicos
UM BURACO NEGRO SUPERMASSIVO ESCONDIDO?? Sim!
Usando o telscópio VLT, astrônomos encontraram um buraco negro que estava sendo ocultado por uma nuvem de poeira na galáxia M77!
Isso é super interessante para entender a evolução desse objetos intrigantes?#AstroMiniBR
© @ESO pic.twitter.com/elJaHD8j7n
Na última quarta-feira (16), foi divulgada a descoberta de um buraco negro supermassivo que estava oculto sob uma densa nuvem de poeira. Utilizando os dados observados pelo Interferômetro do Very Large Telescope (VLTI), no Chile, astrônomos observaram uma nuvem espessa de poeira cósmica no centro da galáxia Messier 77 (M77). Embora M77 tenha sido observada diversas vezes antes, a presença do buraco negro em sua região central, prevista há cerca de 30 anos pelos modelos teóricos de galáxias ativas, só foi confirmado agora pelas observações detalhadas do seu núcleo e possibilita aos astrônomos novas pistas sobre como essas estruturas extremamente energéticas funcionam.
#5: A primeira imagem do Telescópio Espacial James Webb
O que você vê aqui não são apenas pontinhos num fundo escuro: são 18 imagens da mesma estrela feitas pelo James Webb Space Telescope!
Exato, essa é a primeira imagem feita pelo JWST e foi liberada hoje! Ela será utilizada para alinhar os 18 espelhos do telescópio #AstroMiniBR pic.twitter.com/FvNj5x7kqy
O Telescópio Espacial James Webb (JWST) recebeu sua primeira imagem (por 18 vezes)! Após uma série de sucessos operacionais desde o lançamento inicial ocorrido em dezembro de 2021, o JWST confirmou que está pronto para coletar a luz de objetos celestes! O resultado dessa prova é a imagem borrada contendo um mosaico de imagens de 18 pontos de luz estelar organizados aleatoriamente. Trata-se, na verdade, da imagem da mesma estrela refletida nos espelhos ainda desalinhados do JWST. Contudo, isso é suficiente para alinhar e focar o telescópio para que ele possa, finalmente, fornecer observações sem precedentes do Universo!
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