Nesta quinta-feira (13), a SpaceX realizou o lançamento de diversas encomendas ao espaço em mais um voo do foguete Falcon 9. A missão Transporter 3 enviou satélites de pequeno porte de vários clientes ao redor do mundo e, entre eles, o da startup brasileira PION Labs.
A PION Labs desenvolveu o Pion-BR1 em apenas sete meses, um nanosatélite pocketcube com apenas 125 cm cúbicos e 200 gramas — o custo foi de R$ 500 mil. O pequeno satélite transmitirá um sinal do espaço capaz de ser captado por radiamadores na Terra.
A missão Transporter-3 foi lançada às 12h25 (horário de Brasília), na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. O lançamento do Pion-BR1 foi realizado em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Olimpíada Brasileira de Satélites, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (OBSAT), Amsta-BR, Latin American Space Challenge (LASC) e Liga Brasileira de Radioamadores (Labre).
O primeiro satélite brasileiro foi enviado em fevereiro de 2021, do Centro de Lançamento Sriharikota, na ÍndiaFonte: Unsplash
Constelação da Pion
"É uma conquista muito grande para a ciência brasileira", afirmou um dos engenheiros ativos no projeto, Calvin Trubiene, à Agência Brasil. Após enviar o primeiro satélite, a ideia é possibilitar uma constelação de satélites brasileiros — o Pion-BR1, ou Pionzinho como foi carinhosamente nomeado, deve operar por até dois anos no espaço antes de reentrar na atmosfera.
"A ideia de lançarmos o Pion-BR1 é adquirir herança de voo e maturidade tecnológica para os futuros satélites da constelação da Pion. Queremos pensar em soluções de monitoramento de sustentabilidade e segurança, como muitos players do agronegócio e da preservação da Amazônia, por exemplo, demandam. Em um segundo momento, também pensamos em expandir a atuação para a América Latina”, disse Trubiene à Folha de S.Paulo.
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