Casos de coinfecção simultânea por gripe e covid-19 passam de 20 no estado de São Paulo. O fenômeno tem chamado a atenção e preocupado pessoas ao redor do planeta.
Pesquisadores afirmam, entretanto, que coinfecção por vírus não é um fenômeno raro. Ainda assim, reconhecem que é indesejado e pode trazer novos desafios.
Vacinas contra gripe e coronavírus estão disponíveis no SUS; casos de coinfecção foram diagnosticados no país (Fonte: Pixabay/huntlh)Fonte: Pixabay
Os dados foram divulgados pela Secretaria de Saúde do estado de São Paulo nesta terça (4). São 24 casos no estado. Outras unidades do país, como Rio de Janeiro e Ceará, também já registraram as duplas infecções.
A infectologista Mirian Dal'Ben, do Hospital Sírio Libanês, afirma para o portal G1 que não existem evidências de que a coinfecção aumente as chances de óbito nem faça que as doenças sejam mais leves.
Ela acrescenta que não existe tratamento combinado. Por enquanto, cada doença recebe atenção individual e medicamentos específicos.
Flurona
A coinfecção foi batizada de flurona pela mídia internacional, palavra que derivas dos termos flu (palavra inglesa para gripe) e corona, abreviação de coronavírus.
O termo é alarmista, segundo cientistas, pois causa confusão. Não existe um patógeno híbrido dos vírus influenza e do SARS-CoV-2. Os casos de coinfecção têm surgido com o aumento expressivo de casos de gripe e o espalhamento da variante ômicron.
É importante ter muito cuidado ao inventar termos não-oficiais para designar doenças ou patógenos. Termos como "flurona", "Delta plus" só geram confusão e ansiedade desnecessárias: "vírus híbrido", "super doença", "vírus mais agressivo".
— Anderson F. Brito (@AndersonBrito_) January 3, 2022
Usem conceitos, não termos "criativos".
Leia também: Testes de antígeno podem ser menos efetivos com variante ômicron, diz FDA
Tanto a gripe quanto a covid-19 são doenças causadas por vírus que afetam o sistema respiratório. As medidas de prevenção para ambas são similares: uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos. As duas doenças possuem vacinas que podem ser tomadas gratuitamente pelo SUS.
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