Todo sábado, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!
#1: Um Sol de Halloween!
O prêmio de melhor abóbora de #Halloween vai para... nosso SOL!
— Patricia Cruz, PhD (@patyccruz2) October 31, 2021
Esta imagem foi feita com dados no ultravioleta do Telescópio Espacial SDO da NASA.
As áreas brilhantes mostram regiões ativas solares, que são marcadores da complexa trama do campo magnético do Sol.#AstroMiniBR pic.twitter.com/u4TwDhgD5v
Todo dia 31 de outubro, no Dia das Bruxas, astrônomos profissionais, amadores e entusiastas vasculham os arquivos de objetos celestes buscando encontrar imagens que se pareçam com os assustadores objetos aqui da Terra. Uma das mais famosas e queridinhas de todos é a imagem acima do nosso Sol se assemelhando a uma lanterna de abóbora de Halloween! As partes claras na superfície do Sol são, na verdade, centros de regiões ativas que coincidentemente se combinaram para se parecer com um rosto assustador. Capturada no dia 8 de outubro de 2014, a imagem foi registrada pelo Solar Dynamics Observatory, ou SDO, que observa nosso Sol continuamente em todos os momentos em que o orbita no espaço. Essas regiões ativas parecem mais brilhantes porque são as áreas que emitem mais luz e energia. Essas regiões são marcadores de um grande conjunto de campos magnéticos que circulam na atmosfera do Sol, chamada de corona. Para obter esse efeito, a imagem combina observações em dois comprimentos de onda no ultravioleta, em 171 e 193 angströms, que são normalmente editados nas conhecidas colorações ouro e amarelo!
#2: Nossa grandiosa vizinha cósmica!
A galáxia de Andrômeda é 6 vezes maior no céu do que a Lua cheia, porém, seu brilho é muito fraco para que seja vista facilmente a olho nu!
— Nícolas Oliveira (@nicooliveira_) November 4, 2021
Esta imagem composta mostra como seria o céu noturno se Andrômeda fosse mais brilhante!#AstroMiniBR
(c) Tom Houston via @Rainmaker1973 pic.twitter.com/4uzcEsD8Ds
Quão grande são as galáxias no Universo? Um dos objetos mais distantes da Terra que é visível a olho nu em noites escuras é a galáxia M31, a grande Galáxia de Andrômeda. Distante cerca de 2,5 milhões de anos-luz de distância de nós, Andrômeda é uma imensa galáxia espiral que aparece aos nossos olhos como uma mancha nebulosa, tênue e difusa. Uma visão mais detalhada, com um pequeno telescópio, mostrará um núcleo amarelo brilhante, faixas de poeira escuras e sinuosas e braços espirais azulados. Com um diâmetro de impressionantes 220.000 anos-luz, mesmo estando muito mais distante que a maioria absoluta dos objetos celestes visíveis a olho nu, Andrômeda é um titã no nosso céu: ela é cerca de seis vezes maior que a Lua! Isso pode ser visto na imagem acima, em que é comparado o tamanho angular da galáxia próxima a uma visão familiar da Lua.
#3: A cadelinha Laika, o primeiro animal a orbitar a Terra!
Embora outros animais já tivessem sido lançados ao espaço em voos suborbitais, a cadela Laika ganhou seu lugar na história ao se tornar o primeiro animal em órbita, lançada a bordo do satélite soviético Sputnik 2 há 64 anos, em 3/11/57. #AstroMiniBR pic.twitter.com/TkO0awfQUJ
— Projeto Céu Profundo (@CeuProfundo) November 3, 2021
Do final da década de 40 até meados da década 60, quase uma centena de animais de médio porte abriram caminho nas viagens espaciais, entre cachorros, macacos e coelhos. Uma boa parte deles jamais retornou, morrendo em acidentes em diversos estágios das missões. Dentre esses, está a famosa cadela Laika, primeiro animal enviado deliberadamente em uma viagem sem volta em órbita da Terra. Laika vivia nas ruas de Moscou quando foi “convocada” compulsoriamente a prestar serviços ao programa espacial da União Soviética. A cadelinha foi ao espaço no dia 3 de novembro de 1957, a bordo da Sputnik II, e morreu algumas horas depois do lançamento devido ao estresse causado pelo superaquecimento da cabine ao entrar em órbita.
#4: A incrível vida de estrelas massivas!
Se o Sol vivesse por uma hora, uma estrela com 30 massas solares viveria menos de 5 segundos!
— Camila Esperança (@astronomacamila) November 1, 2021
E você acreditando que o Universo traz justiça. #AstroMiniBR
© NASA/ESA Hubble Space Telescope pic.twitter.com/2CiqTGRhLI
São consideradas estrelas massivas aquelas que possuem massa cerca de oito vezes maior que a massa do Sol. O que elas têm de impressionante em tamanho, têm também de uma vida fantástica: essa categoria de estrelas normalmente vive uma fase de sequência principal relativamente rápida, passam por uma fase de supergigante vermelha curta e morrem de forma espetacular por meio de uma explosão de supernova! Comparativamente, se uma estrela como o Sol tivesse sua vida contada em horas, uma estrela massiva teria sua vida contada em segundos.
#5: As rochas do Sistema Solar são esquisitas?
[ROCHAS EXÓTICAS?]
— Thiago S Gonçalves (@thiagosgbr) November 2, 2021
Astrônomos norte-americanos afirmam que a composição química de planetas rochosos deve ser muito diferente do Sistema Solar!
Eles chegaram à conclusão analisando anãs brancas poluídas que "absorveram" o material ao seu redor. #AstroMiniBR pic.twitter.com/or0niCaoWc
Um novo estudo de astrogeologia sugere que a maioria dos exoplanetas rochosos próximos são bastante diferentes de tudo em nosso Sistema Solar. Em uma comunicação publicada na revista científica Nature na última terça (2), astrônomos e geólogos divulgaram resultados de um trabalho que buscou desvendar do que são feitos os planetas fora do Sistema Solar. Para isso, os pesquisadores estudaram as atmosferas do que são conhecidas como anãs brancas poluídas, que são núcleos densos de estrelas moribundas que contêm material de planetas, asteroides ou outros corpos rochosos que orbitaram a estrela, mas acabaram sendo “devoradas” pela anã branca e “contaminando” sua atmosfera. Os cientistas descobriram que essas anãs brancas têm uma gama muito mais ampla de composições do que qualquer um dos planetas internos de nosso Sistema Solar, sugerindo que os planetas e outros corpos rochosos que compunham seus sistemas estelares tinham uma variedade maior de tipos de rochas, com composições tão incomuns que os pesquisadores tiveram que inventar nomes como “piroxenitos de quartzo” e “dunitos de periclásio” para classificar os novos tipos de material.
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