Charles Darwin, antes de se tornar um dos pesquisadores mais influentes da ciência, resolveu dar um microscópico para seu filho Leonard. Logo depois, o naturalista britânico publicou o livro "A Origem das Espécies" e mudou totalmente a visão da biologia sobre a evolução dos organismos vivos.
O microscópio ficou com a família por quase 200 anos, mas deve ir a leilão em 15 dezembro de 2021 na Christie's Valuable Books & Manuscripts, que já vendeu raridades como desenhos de fósseis realizados por Darwin.
O instrumento é um dos seis microscópicos conhecidos que têm alguma associação com o naturalista e pode ser arrematado por um valor de até US$ 480 mil, o equivalente a mais de R$ 2,6 milhões. Os outros equipamentos conhecidos estão preservados em sua antiga residência e no Museu Whipple.
O microscópio foi projetado em 1825 por Charles Gould para a empresa Cary. Nessa época, Darwin provavelmente usou o equipamento para estudar zoófitos, organismos como corais e anêmonas do mar. A pesquisa se tornou o seu primeiro artigo acadêmico. O outro instrumento que ele tinha na mesma época não era capaz de realizar estas investigações.
Quem foi Charles Darwin?
A teoria de Charles Darwin atualmente é mais aceita como a melhor explicação disponível de como a vida se desenvolve no planeta (Fonte: Pixabay/WikiImages/Reprodução)Fonte: Pixabay/WikiImages/Reprodução
A teoria científica da evolução por seleção natural de Charles Darwin tornou-se a base dos estudos evolutivos modernos. As ideias de Darwin fundamentaram a biologia moderna e são apontadas como precursoras da genética.
O conceito foi formulado entre os anos de 1837 e 1839 após o retorno de uma viagem ao redor do mundo a bordo do HMS Beagle, que passou inclusive pelo Brasil. A teoria propõe que a adaptação dos organismos aos ambientes é responsável pela origem de novas espécies com um ancestral comum.
No entanto, somente duas décadas depois, em 1859, o naturalista publicou a teoria. Seu conhecimento científico foi bastante controverso à época, o que o levou a ser vítima de perseguição religiosa.
Além disso, Darwin foi responsável por outros feitos científicos. Os fósseis que ele coletou nesta viagem foram compartilhados com paleontólogos e geólogos, levando a avanços na compreensão dos processos que moldam a superfície da Terra.