A primavera no hemisfério Sul começa exatamente nesta quarta-feira (21) às 16h21 (horário de Brasília) no momento quando ocorre o equinócio, o preciso instante em que o Sol atravessa o plano do equador celeste, uma linha imaginária que divide a órbita terrestre em relação à posição solar.
O fenômeno astronômico provoca uma duração igual entre o dia e a noite, ou seja, 12 horas cada, em todos os pontos do planeta. No momento do equinócio, o eixo da Terra fica em um alinhamento perpendicular (um ângulo de 90 graus) com os raios solares.
Isso acontece porque a inclinação da Terra de cerca de 23,5 graus em relação ao seu plano de órbita, que provoca a ocorrência das estações, deixa de ter influência na maior ou menor incidência de luz solar em diferentes partes do globo terrestre.
Momento marcante
Equinócio marca o momento de duração igual entre dias e noites em todos os pontos da Terra (Fonte: Wikimedia/Reprodução)Fonte: Wikimedia/Reprodução
A partir do equinócio de setembro, a duração dos dias começa a ficar maior que as noites no hemisfério Sul, deixando para trás o tempo seco e frio característico do inverno e causando uma elevação de temperatura e a maior ocorrência de chuvas, que caracterizam a primavera.
O equinócio impacta inversamente no hemisfério Norte. A partir do fenômeno, os dias vão ficando mais curtos, a temperatura cai e há uma redução gradual das chuvas, caracterizando o clima do outono.
O ápice da diferença entre a duração de dias e noites acontece no solstício de dezembro. A partir desse momento, o tempo solar diminui no hemisfério Sul e aumenta no hemisfério Norte, acompanhamento o movimento de órbita da Terra em relação ao Sol. O equilíbrio na incidência solar entre os dois hemisférios acontece novamente no equinócio de março.
Durante os equinócios, o Sol nasce precisamente no ponto cardeal leste e se põe no oeste. Antes, no inverno, o astro amanhecia um pouco mais ao norte, em uma posição nordeste. Ao longo da primavera ele começa a se deslocar para nascer mais ao sudeste.
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