Todo sábado, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência, que é a mais antiga de todas!
Nesta semana, vamos ver a Terra diretamente do espaço e conhecer mais sobre as fantásticas galáxias espirais barradas! Vamos lá?
#1: O espetáculo privado dos tripulantes da Estação Espacial Internacional!
O universo em movimento!
Registrado na ISS durante uma passagem à noite sobre a Terra, esse time-lapse capturou a combinação da luz de milhões de estrelas com o brilho da atmosfera. De brinde, as luzes das cidades e o brilho dos relâmpagos!#AstroMiniBRpic.twitter.com/tSSAHLNcT8
Pouco mais de 250 pessoas na história da humanidade tiveram o privilégio de ver a Terra do espaço. A maior parte desse número diz respeito aos tripulantes e visitantes da Estação Espacial Internacional (ISS, da sigla em inglês) desde o ano 2000. Construída e mantida por uma parceria internacional de cinco agências espaciais de 15 países, a ISS mantém uma tripulação variável de mais ou menos sete pessoas que vivem e trabalham no espaço, enquanto viajam a uma velocidade aproximada de 8 quilômetros por segundo. Essa velocidade é suficiente para que a ISS complete uma órbita ao redor Terra a cada 90 minutos ou cerca de 16 órbitas por dia! Isso faz com que seus tripulantes possam contemplar o Sol nascer e se pôr 16 vezes todo dia em espetáculos únicos. Alguns dos detalhes desses shows privativos incluem o brilho esverdeado da nossa fina atmosfera, as luzes noturnas da cidade e os relâmpagos constantes das tempestades!
#2: Uma dança no universo cujo final nenhum de nós verá.
?? COLISÃO DE GALÁXIAS
Esse é NGC 520, objeto que surgiu quando duas galáxias colidiram há aprox 300 milhões de anos, a aprox 100 milhões de anos-luz de distância da gente!
A colisão ainda está acontecendo, e nenhum ser humano jamais verá o seu final.#AstroMiniBR via @apod pic.twitter.com/biCJYx4S7d
Você consegue dizer se a imagem acima é composta de uma galáxia ou duas? Esse objeto, composto de um emaranhado de estrelas, gás e poeira, chama-se NGC 520 e está a cerca de 100 milhões de anos-luz de distância de nós. Acredita-se que ela seja o resultado da fusão de duas galáxias espirais distintas que entraram em rota de colisão cerca de 300 milhões de anos atrás. Características peculiares do par de galáxias NGC 520 incluem uma cauda de estrelas de aparência desconhecida na parte inferior da imagem e uma faixa de poeira que se estende na diagonal da espinha das galáxias. Embora a velocidades da colisão entre as galáxias e suas componentes (estrelas, poeira, gás) sejam altas, as distâncias envolvidas são tão grandes que esse par interagente certamente não mudará sua forma de modo perceptível durante a existência de milhares de vidas humanas. Uma colisão semelhante a essa pode ser esperada daqui a alguns bilhões de anos entre a nossa galáxia, a Via Láctea, e a nossa vizinha próxima, a galáxia de Andrômeda!
#3: Brasília vista do espaço!
Aproveitando que Brasília está nos holofotes, trago pra vocês uma imagem da cidade vista do espaço, fotografada por um dos astronautas à bordo da Estação Espacial internacional @ISS_Research em 2011.
Quem identifica cada região da nossa capital?#AstroMiniBR pic.twitter.com/ndlMkSNaia
E falando em ver a Terra do espaço... você já viu capital do nosso país por essa perspectiva? Esta imagem foi obtida por um membro da tripulação durante a Expedição 26 da ISS. À noite ou durante o dia, a capital do Brasil é inconfundível em órbita. Sua localização específica em um planalto no centro-oeste brasileiro foi um dos melhores exemplos de planejamento urbano do século 20 no mundo. Segundo Amiko Kauderer, editor da NASA, nesta imagem, “uma das características de design mais distintas sugere um pássaro, uma borboleta ou um avião viajando ao longo da direção noroeste-sudeste e é dramaticamente visível pelos padrões de luz da cidade”. Esse detalhe é visto na parte central à esquerda, diretamente a oeste do Lago Paranoá. As áreas desenvolvidas de Brasília e suas cidades-satélites também são claramente delineadas pelos padrões de iluminação das ruas e das rodovias à noite. A grande região sem iluminação embaixo à esquerda na fotografia é o Parque Nacional de Brasília.
#4: Você já ouviu falar de Objetos Potencialmente Perigosos?
Vamos falar de Objetos Potencialmente Perigosos (PHOs)!??
O maior PHO conhecido é o asteroide (53319) 1999 JM8, com ~7 km de diâmetro!
Neste século, sua máx. aproximação à Terra acontecerá em 2075, a uma distância de ~38 milhões de km (~100x a distância Terra-Lua).#AstroMiniBR pic.twitter.com/ZeuJfS2iKy
Um objeto potencialmente perigoso (conhecidos na astronomia pela sigla em inglês, PHO) são objetos próximos à Terra, como asteroides ou cometas, localizados em órbitas que têm a possibilidade de se aproximar da Terra e são grandes o suficiente para causar danos significativos em caso de impacto com nosso planeta. Embora parece a ideia pareça assustadora, não há razão para nenhum tipo de alarme imediato. Estima-se que 99% de todos os objetos potencialmente perigosos conhecidos até então não representem uma ameaça de impacto por pelo menos os próximos 100 anos! Mesmo o maior dos objetos da classe dos PHOs, conhecido como asteroide (53319) 1999 JM8, passará, em sua máxima aproximação de nós, a uma distância de cerca de 100 vezes maior que a distância entre a Terra e a Lua e isso somente no ano de 2075!
#5: O estilo único das galáxias espirais barradas!
#SábadoGaláctico
NGC 1300 é um exemplo de galáxia espiral barrada!
ela difere das galáxias espirais normais porque os braços dela não estão em espirais até o centro, e sim conectados às extremidades de uma barra de estrelas contendo o núcleo em seu centro!#AstroMiniBR pic.twitter.com/vimrMlLA59
Galáxias espirais barradas, como o próprio nome sugere, são galáxias espirais com uma estrutura central em forma de barra feita de estrelas. Estima-se que estruturas em barras possam ser encontradas em cerca de metade de todas as galáxias espirais no Universo. Essas estruturas parecem influenciar os movimentos das estrelas, da poeira e do gás nas galáxias e acredita-se que elas ajam como como um funil, puxando matéria do disco para o bojo galáctico. Esse tipo de movimento induziria a grandes taxas de formação de estrelas nas regiões centrais de galáxias barradas. A imagem acima mostra um exemplo desta classe de objetos, a galáxia NGC 1300, distante 70 milhões de anos-luz de distância de nós. NGC 1300 se estende por mais de 100.000 anos-luz e esta imagem obtida pelo Telescópio Espacial Hubble revela detalhes impressionantes de sua barra central e de seus majestosos braços espirais!
Categorias