A aplicação de uma terceira dose da vacina da Pfizer contra covid-19 pode aumentar "fortemente" a proteção contra a variante Delta do coronavírus, melhorando a defesa proporcionada pelas doses padrão. É o que sugere um novo estudo divulgado pela farmacêutica nessa quarta-feira (28).
Os dados, ainda não revisados pela comunidade científica, indicam que a dose extra do imunizante pode elevar em até cinco vezes os níveis de anticorpos contra a variante identificada pela primeira vez na Índia. Este nível seria atingido nas pessoas com idade entre 18 e 55 anos.
Já no público com idade de 65 a 85 anos, a proteção alcançada seria ainda maior com a dose de reforço. Neste caso, os níveis de anticorpos contra a variante Delta crescem 11 vezes mais do que após a segunda aplicação, de acordo com o ensaio feito pela Pfizer.
A terceira dose seria aplicada seis meses depois da segunda.Fonte: Unsplash
Embora os dados sugiram vantagens na aplicação extra, não está claro se os níveis de anticorpos aumentados têm relação com uma melhor proteção ou se este reforço é mesmo necessário. Sobre isso, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) afirmam que as fórmulas atuais protegem bem contra todas as variantes comuns do Sars-CoV-2.
Quanto tempo dura a proteção?
Também divulgado recentemente, outro artigo da farmacêutica revela que a proteção fornecida pela vacina da Pfizer contra o coronavírus se mantém por pelo menos seis meses. Durante este período, a eficácia geral foi de 91% e a eficácia contra a forma grave da doença chegou a 97%.
A pesquisa descobriu ainda que de quatro a seis meses após a segunda dose, a eficácia pareceu diminuir para 83,7%, apresentando um declínio médio de aproximadamente 6% nos últimos dois meses. Essa redução da imunidade já havia sido observada pelo laboratório, fazendo-o ampliar os esforços para testar a terceira dose.
Categorias