No sábado (3), a sonda Solar Dynamics Observatory da NASA registrou a maior explosão solar dos últimos quatro anos. O evento tem capacidade para interferir nas ondas de rádio e colocar astronautas e satélites em perigo, de acordo com a agência espacial americana.
O fenômeno, que pegou os cientistas de surpresa, ocorreu na mancha “AR2838”, com duração de aproximadamente 15 minutos. A erupção solar foi classificada pelo US Space Weather Prediction Center (SWPC) como um poderoso evento de classe X1, a mais energética que existe no Sol.
A forte explosão causou um blecaute de rádio de ondas curtas na região do Oceano Atlântico, conforme o MetSul. Aviadores, navegadores e operadores de rádio amador constataram os efeitos da erupção solar durante alguns momentos.
A poderosa explosão aparece no canto superior direito da imagem.Fonte: NASA/Divulgação
Da mesma forma repentina como surgiu, o evento rapidamente se desfez. “Em 4 de julho, ela (mancha solar) girou sobre o noroeste do Sol e passará as próximas duas semanas transitando pelo outro lado da estrela”, informou o Spaceweather.
Ciclo solar 25
Iniciado em 2020, o ciclo solar 25 deve ser tão ou mais ativo que o 24, quando foram registradas 49 explosões como essa, a primeira do tipo desde 2017. Com duração aproximada de 11 anos, cada ciclo tem fases mais intensas e outras nem tanto, com o atual devendo chegar ao pico em 2025, segundo previsões dos cientistas.
Assim, novas explosões poderosas podem ocorrer nos próximos anos, mas tais fenômenos normalmente não causam maiores efeitos na nossa vida. Em geral, os impactos de curta duração são sentidos nas comunicações por rádio e no sinal de TV por satélite, além do aumento das auroras austral e boreal.
Em casos mais extremos e raros, o sistema de energia elétrica pode ser afetado, assim como há maior risco de exposição à radiação solar para os astronautas no espaço.
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