A Telite S.A., uma empresa do município fluminense de Comendador Levy Gasparian que fabrica telhas com plástico reciclado desde 2013, está apostando em um novo produto para alavancar as suas vendas: telhas acopladas com grafeno para reter energia solar. O material é composto de átomos de carbono e conduz energia fotovoltaica, e tem sido uma grande aposta da indústria tecnológica nos últimos anos.
A nova telha da Telite consegue converter a energia solar em eletricidade, tornando as construções autossuficientes em energia. Conforme um comunicado da empresa, apenas quatro unidades desses elementos de cobertura são suficientes para gerar até 30 kWh mês, o suficiente para manter uma residência média funcionando durante o período.
Como o grafeno é um material muito fino e a composição das telhas é de resíduos plásticos, as placas são leves, pesando apenas 7 kg e com 1,90m x 1,10m de tamanho. Segundo o fundador e CEO da Telite, Leonardo Retto, cada telha deverá custar entre R$ 140 a R$ 150, um valor 40% inferior ao dos painéis solares convencionais.
O projeto da Telite
Fonte: Telite/DivulgaçãoFonte: Telite
Após um faturamento positivo de R$ 38 milhões no ano passado, a Telite tem a expectativa de gerar cerca de R$ 50 milhões com o novo produto. A autossuficiência pode representar um importante diferencial no Brasil, pois não apenas economiza, como garante o fornecimento, em um período em que a emergência hídrica volta a surgir como uma grande ameaça de apagões.
O projeto da Telite prevê que suas telhas fotovoltaicas possam ser colocadas à venda ainda neste ano. O que ainda falta para a viabilização da proposta é a aprovação do Inmetro, o que deve ocorrer entre este mês e o próximo. Concluída essa etapa, a telha será testada com cerca de meia dúzia de clientes, para aperfeiçoamentos e identificação de possíveis falhas, antes de ir ao mercado.
Para comercialização das telhas, a Telite já possui parceria com as varejistas Magazine Luiza, Casas Bahia, Lojas Americanas, Shoptime, Leroy Merlin, Telhanorte e C&C.
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