Após tomar um puxão de orelha da NASA no sábado (8), devido ao foguete descontrolado que ninguém sabia em qual local cairia, a China respondeu às críticas recebidas. Além da resposta, o país asiático também deu uma cutucada na imprensa americana.
Em coletiva realizada nessa segunda-feira (10), a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Hua Chunying disse que as autoridades monitoraram a trajetória dos destroços do Long March-5B durante todo o processo. Ela afirmou ainda que a agência espacial chinesa (CNSA) emitiu aviso sobre a reentrada com antecedência.
Segundo Chunying, os detritos caíram em uma área do Oceano Índico a oeste do arquipélago das Maldivas, na manhã de domingo (9), sem causar danos. A representante do governo também confirmou que a China vem compartilhando seus dados com outros países e reiterou a intenção de uso pacífico do espaço.
Hua Chunying durante coletiva na segunda.Fonte: Ministério das Relações Exteriores da China/Divulgação
“Sempre conduzimos atividades para usos pacíficos do espaço sideral de acordo com o direito internacional e as práticas consuetudinárias. Estamos prontos para ter um intercâmbio e cooperação mais amplos com outros países sobre a questão dos detritos espaciais para garantir a sustentabilidade de longo prazo das atividades espaciais”, declarou.
Sobrou para a imprensa
Além da resposta à NASA, Chunying criticou a forma como os meios de comunicação dos EUA trataram a queda do foguete chinês no último final de semana. De acordo com ela, há “claramente dois pesos e duas medidas nesta questão”.
Justificando a sua crítica, a porta-voz citou os relatos sobre a queda de pedaços do foguete Falcon 9 da SpaceX em março. Segundo ela, o evento foi tratado como um “espetacular show de luzes”, semelhante à iluminação causada pela passagem de um meteoro.
Mas ao noticiar a queda do objeto chinês, a mídia americana teria usado um “tom completamente diferente” das “descrições românticas” do caso da SpaceX, conforme a porta-voz.
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