A US Food and Drug Administration (FDA), agência norte-americana reguladora de produtos farmacêuticos, solicitou na sexta-feira (16) que a produção das vacinas da Johnson & Johnson (J&J) seja interrompida na empresa Emergent, de Baltimore, após esta subcontratada desperdiçar 15 milhões de doses do imunizante, contaminadas com ingredientes da vacina da AstraZeneca, também fabricada na instalação.
O próprio grupo farmacêutico havia apurado a irregularidade no final de março, informando ter identificado um lote de doses fabricadas pela Emergent BioSolutions “que não cumpria os parâmetros de qualidade”. Posteriormente, o The New York Times divulgou que o lote englobava 15 milhões de doses.
Um documento divulgado pela Emergent na segunda-feira (19) confirmou a solicitação feita pela FDA na sexta e reconheceu estar trabalhando em conjunto com a Johnson em melhorias “para atender aos altos padrões que estabelecemos para nós mesmos e para restaurar a confiança em nossos sistemas de qualidade e processos de fabricação”.
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Possíveis novos casos de coágulo
Independentemente da interrupção na produção de vacinas da J&J, o uso do imunizante já se encontrava suspenso nos EUA desde o dia 13 de março, depois do surgimento de casos de trombose em seis mulheres, uma delas falecida, duas semanas após receberem a dose única da fórmula da Janssen, a subsidiária da Johnson.
Na segunda-feira (19), a diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), Rochelle Walensky, afirmou em um coletiva de imprensa realizada na Casa Branca que a agência havia recebido mais relatórios de casos de coagulação sanguínea supostamente ligados à vacina. Ela prometeu uma reunião pública na próxima sexta-feira (23), na qual CDC e FDA divulgarão os resultados de suas análises.
Apesar de todos os percalços, a Johnson & Johnson garante que cumprirá seu compromisso de entregar 100 milhões de doses ao governo americano. Os funcionários da administração Biden garantem possuir suprimentos de vacinas da Moderna e da Pfizer-BioNTech suficientes para manter o ritmo atual da imunização naquele país, que já atingiu a marca superior a 3 milhões de dose por dia.
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