Uma equipe de pesquisadores da Universidade Nova York, de Abu Dhabi, e da Universidade de Washington encontraram cinco sistemas com estrelas múltiplas, localizados a até 5.933 anos-luz de distância da Terra, que são potenciais candidatos a abrigar vida. A descoberta foi anunciada nesta quinta-feira (15), em um estudo publicado na revista Frontiers in Astronomy and Space Sciences.
Situados nas constelações de Lira e Cisne, os sistemas estelares Kepler-34, Kepler-35, Kepler-38, Kepler-64 e Kepler-413 foram encontrados por meio do telescópio espacial Kepler da NASA. Todos eles ficam em uma “zona habitável” em torno de estrelas, na qual poderia haver água líquida na superfície de planetas rochosos semelhantes ao nosso.
De acordo com os autores, cada um desses sistemas tem pelo menos um planeta gigante do tamanho de Netuno ou maior. Entre eles, Kepler-64 se destaca por apresentar pelo menos 4 estrelas orbitando uma à outra na região central, enquanto os demais têm duas estrelas cada.
Outros planetas com duas estrelas já foram descobertos.Fonte: NASA/Divulgação
Devido às características semelhantes, os planetas com dois sóis que podem existir ali estão sendo comparados com o fictício planeta Tatooine, da saga Star Wars, um mundo desértico e peculiar que fazia parte de um sistema solar binário.
De olho em Kepler-38
Usando um sistema de análise matemática complexo para avaliar as condições desses sistemas, no qual foram considerados a massa, a classe, a luminosidade e a distribuição de energia espectral, entre outros fatores, os pesquisadores compararam os resultados com outros sistemas binários já detectados.
A partir disso, foi verificada a possibilidade da existência de zonas habitáveis e se elas são “silenciosas o suficiente” para abrigar planetas potencialmente sustentadores de vida, resultando na identificação de um sistema mais promissor.
“Nosso melhor candidato para hospedar um mundo potencialmente habitável é o sistema binário Kepler-38, a aproximadamente 3.970 anos-luz da Terra e conhecido por conter um planeta do tamanho de Netuno”, explicou o coautor do estudo Nikolaos Georgakarakos.
Categorias