Nesta quinta-feira (08), é lembrado no Brasil o Dia Mundial da Astronomia. A área da ciência estuda corpos celestes e fenômenos que ocorrem fora da atmosfera da Terra. Além de lembrar o quão fascinante é esse campo do conhecimento, a data é uma oportunidade para homenagear grandes nomes que se dedicaram a descobrir os mistérios do universo.
Na história, o mundo viu mentes brilhantes como Nicolau Copérnico, Isaac Newton, Edwin Hubble, Carl Sagan, Henrietta Swan Leavitt e Stephen Hawking contribuírem com a área. No Brasil, pesquisadores como Sylvio Ferraz Mello, Beatriz Barbuy, Miriani Pastoriza, Marcelo Zurita, José Feliciano de Oliveira, Marcelo Gleiser e vários outros contribuíram com o avanço científico.
Para celebrar a incrível colaboração prestada por esses e todos os outros acadêmicos que apaixonados pelo espaço, nós preparamos uma lista com 7 curiosidades astronômicas.
1. O espaço é completamente silencioso
Diferentemente do que filmes como Star Wars sugerem, as batalhas entre naves espaciais não geram estrondosos sons de explosões. Aliás, não geram som nenhum porque o espaço é completamente silencioso.
Essa é a realidade porque as ondas sonoras precisam de meios para se propagar. Como não há atmosfera no vácuo, o espaço é completamente silencioso. Por isso a ideia de se perder no espaço é tão aterrorizante, já que literalmente ninguém ouviria você gritar.
2. Energia e matéria escuras representam 96% do universo
A matéria que conhecemos que compõe as estruturas dos planetas, astros, estrelas e todo o restante corresponde somente a 4% do universo. Cerca de 96% de tudo o que existe fora da Terra é ou matéria escura ou energia escura.
Enquanto a primeira é uma massa que não conseguimos detectar em nenhuma região do espectro eletromagnético, a segunda é um composto com pressão negativa que atua no sentido contrário ao da gravidade e tem acelerado a expansão do cosmos nos últimos 5 bilhões de anos.
3. Há bastante água congelada nos planetas
A água é um elemento essencial na concepção de vida como nós conhecemos. E ao contrário do que se pensava há algumas décadas, ela está presente em abundância fora da Terra. No caso, é uma água em estado sólido (basicamente gelo) em um formato diferente do que conhecemos por aqui.
A Agência Espacial da Europa analisou compostos do cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko e percebeu um tipo diferente de gelo. Elementos similares a esse estão presentes em crateras de Mercúrio, em Marte e até em locais menores como as luas de Júpiter e Saturno.
4. Há incontáveis estrelas no universo
Um fato que a ciência não conseguiu calcular é o número de estrelas no universo conhecido. Todos os estudos e pesquisas que tentam utilizar parâmetros como esse fazem estimativas utilizando a nossa Via Láctea como parâmetro. Para chegar a um resultado, o número é multiplicado pelas galáxias que sabemos que existem.
De acordo com a NASA, existem zilhões de estrelas no universo. Já a Universidade Nacional da Austrália divulgou uma estimativa que fala em 70 septilhões, que significa esse número: 70.000.000.000.000.000.000.000.000 de estrelas.
5. A atmosfera do Sol é muito mais quente que a superfície
Que o Sol é uma estrela extremamente quente todos já sabem. Contudo, uma questão que chamou a atenção dos cientistas foi a constatação de que a atmosfera solar é muito mais quente que a superfície.
A superfície visível do Sol, chamada de “fotosfera”, possui uma temperatura de cerca de 5.500 graus Celsius. Enquanto isso, a atmosfera superior chega a milhões de graus, um número consideravelmente maior. Uma das possíveis explicações é a “bomba de calor” que é gerada quando os campos magnéticos se cruzam na atmosfera superior.
6. As pegadas na Lua permanecerão lá por 100 milhões de anos
Primeiro: sim, o homem foi para a Lua. E a assinatura dessa “visita” permanecerá gravada no solo do astro por 100 milhões de anos, estima-se. Como a Lua não tem atmosfera, não há vento ou água para apagar as marcas deixadas pelos pés dos astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin em 1969.
Contudo, micrometeoritos e a erosão natural da Lua ajudarão no apagamento das marcas humanas ao longo dos vários próximos milênios.
7. Há vida lá fora?
Talvez a principal questão científica da atualidade é se existe ou não vida fora da Terra. A resposta a essa pergunta mudaria a forma que enxergamos a nossa própria existência e por isso o assunto é tratado com muita cautela pelos cientistas.
Primeiro, é preciso dizer que até agora não temos nenhuma evidência de que existe vida (inteligente ou não) em outro lugar. Contudo, a descoberta dos chamados extremófilos abriu as portas para que pudéssemos imaginar que existe vida microbiana em outros lugares. Esses organismos conseguem viver em condições tão extremas (em vulcões, por exemplo), que a comunidade científica já acha plausível encontrar seres assim no espaço.
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