Uma área de baixa pressão atmosférica que está atuando no litoral Sul do Brasil e se deslocando em direção ao Sudeste tem chamado a atenção dos meteorologistas por causa do seu movimento retrógrado, voltando do mar para o continente. Este detalhe pode indicar a formação de um furacão, conforme o alerta dado pelo site Clima ao Vivo nessa terça-feira (30).
Segundo a publicação, os ciclones extras e subtropicais geralmente se formam na costa brasileira e seguem em direção ao alto mar, se afastando do continente. Porém, esta formação específica tem intrigado os especialistas, pois deve voltar a se aproximar da costa depois do dia 3 de abril.
Alguns modelos meteorológicos sugerem que tal movimentação do sistema, vindo do alto mar para o continente, é um indício de furacão. O vídeo abaixo, divulgado pelo Climatempo Meteorologia, mostra o deslocamento deste ciclone atípico ao longo dos próximos dias, incluindo o seu retorno à área de origem. Veja:
Outro fator deixou os meteorologistas em alerta para uma possível formação de furacão na costa Sul do Brasil, nos próximos dias. Trata-se do mar quente, característico do período entre o fim de março e o início de abril, devido ao fim do verão, facilitando a transformação do ciclone.
Furacão Catarina
Até o momento, o único furacão formado na costa brasileira foi o Catarina, que recebeu a nomenclatura no dia 28 de março de 2004. Originado a partir de um ciclone extratropical, o sistema ganhou força justamente por causa das águas quentes da época entre o fim do verão e o início do outono.
Ele avançou pela região Sul do Brasil com ventos fortes e foi classificado como um furacão de categoria 2, que indica velocidade variando de 154 km/h a 177 km/h. Na Escala Saffir-Simpson, os furacões mais fortes são os de categoria 5, nos quais os ventos chegam a mais de 252 km/h.
O furacão Catarina deixou um rastro de destruição por onde passou, causando 10 mortes e deixando mais de 500 pessoas feridas. A formação ainda destruiu cerca de 1,5 mil casas e danificou outras 40 mil, além de ter causado prejuízos à agricultura. As perdas econômicas deixadas por ele foram estimadas em R$ 1 bilhão na época.
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