Um asteroide potencialmente perigoso, e enorme, passou pela Terra na noite de domingo (21), mas, a quase dois milhões de distância do nosso planeta, foi observado apenas como um pontinho na lente do telescópio. Apesar da classificação do Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra (CNEOS), da NASA, já se sabia que a trajetória do objeto não implicava risco de colisão.
Anunciado primeiramente pelo astrofísico italiano Gianluca Masi, criador do Projeto Telescópio Virtual que realiza observações online em tempo real, o corpo rochoso atingiu o seu ápice de aproximação no domingo (21) às 11h, no horário de Brasília, segundo o Observatório de Paris. A distância ficou em 2.016.158 km da Terra, quase cinco vezes a da Lua.
Chamado de 2001 FO32, o “grandão” tem quase um quilômetro de diâmetro e viajava a 124 mil km/h quando passou pela Terra, de acordo com a NASA. Na hora da passagem, o canal “Virtual Telescope Project” no YouTube mostrou uma imagem granulada com um pequeno ponto. “Este ponto de luz é o asteroide”, afirmou Masi.
Aprendendo com os asteroides
Meteoro de Cheliabinsk (Fonte: Andrey Yarantsev/Reprodução)Fonte: Andrey Yarantsev
Lance Brenner, cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, reconheceu que "atualmente, pouco se sabe sobre esse objeto, então esta passagem tão próxima nos dá uma oportunidade incrível de aprender muito". No entanto, a agência espacial americana garante que nenhum dos grandes asteroides listados tem chance de colidir com a Terra no próximo século.
O monitoramento desses objetos espaciais nada tem a ver, no entanto, com a trajetória das estrelas cadentes, pequenos meteoritos que caem do espaço diariamente, totalizando entre 80 e 100 toneladas de material, que formam uma linha luminosa ao entrar na atmosfera terrestre.
Os astrônomos no mundo inteiro pesquisam constantemente a trajetória dos grandes asteroides para que não ocorram surpresas trágicas como o chamado "meteoro de Cheliabinsk", um objeto de quase 17 metros de diâmetro que explodiu em 2013 na Rússia, liberando 30 vezes mais energia do que a bomba de Hiroshima.
Fontes
Categorias